NASCEU no coração da cidade invicta, em Cedofeita, e formou-se também no Porto, em Engenharia Informática. Mais tarde, adicionou à formação o Mestrado em Redes e Serviços de Comunicação, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Foi também aí que ganhou o “bichinho” empresarial. Fundador e proprietário da AuditMark, Pedro Fortuna viu recentemente a EuroCloud Portugal distinguir a sua empresa como a melhor startup do ano, pelo trabalho realizado nível do desenvolvimento de soluções inovadoras de segurança para aplicações Web.
Durante o seu percurso profissional, Pedro Fortuna adquiriu um conhecimento extenso em projectos de I&D e desenvolvimento de Software, tanto a nível académico como industrial. Integrou diversos grupos de I&D associados à Universidade do Porto e ao Instituto Superior de Engenharia do Porto, assim como, uma equipa de System Engineers integrados num grande grupo de desenvolvimento de software de gestão de redes na SIEMENS Communications.
Atualmente, o jovem empresário está a finalizar o Doutoramento em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, na área de Redes de Computadores, na FEUP, instituição onde já lecionou e deu formação de Segurança Informática. É ainda professor assistente convidado no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), onde se licenciou e leciona disciplinas da área da Segurança Informática, entre outras.
De que mais gosta na Universidade do Porto?
Educação de excelência, que caminha para se estabelecer como um nome forte no mundo.
De que menos gosta na Universidade do Porto?
Não simpatizo com a retração no investimento que está ocorrer, não só na U.Porto, mas noutras universidades também.
Em certos aspetos estamos a andar para trás.
Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Atrair mais alunos de outros países.
Como prefere passar os tempos livres?
Quando os tenho, prefiro passá-los como qualquer outra pessoa, com a família, amigos, ou simplesmente em casa a relaxar.
Um livro preferido?
“Contacto” do Carl Sagan. Também gostei muito do “1984″, do George Orwell.
Um disco/músico preferido?
Entre o “White Album” dos Beatles e o “Master of Puppets” dos Metallica, venha o diabo e escolha (se bem que o diabo provavelmente irá escolher este último).
Um prato preferido?
Francesinha.
Um filme preferido?
Todos que um “geek” que se preze deverá gostar: “Star War”s, “Lord Of The Rings”, “Beowulf”…
Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?
Islândia.
Um objetivo de vida?
Ter uma árvore, plantar um livro e escrever um filho… ou algo assim Mais a sério, “apenas” ser feliz.
Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)
O meu avô paterno. Era músico e tinha como sonho fazer parte da orquestra clássica do Porto. Naquele tempo era muito difícil porque raramente havia vagas. Certo dia abriu uma vaga para contrabaixista, mas o problema é que o meu avô tocava trombone de varas. Isso não o deteve. Teve apenas alguns meses para aprender a tocar contrabaixo a nível técnico muito elevado. Acabou por conseguir a vaga, à frente de outros contrabaixistas que eram profissionais há muitos anos. Nenhum desafio está perdido à partida. Com muito estudo, perseverança e rigor, tudo é possível.
Uma ideia para reforçar a aproximação da Universidade do mundo empresarial?
Promover um modelo de inovação na U.Porto/instituições interface que aposte de forma mais vincada na criação de spin-offs. Neste momento o número de spin-offs criadas é muito diminuto porque o sistema incentiva a que investigadores/docentes se foquem quase exclusivamente na produção científica e em arranjar projectos de I&D que ajudem a financiar os respectivos grupos. Importa portanto mudar políticas. Não apenas essas empresas contribuirão, em caso de sucesso, para a economia local, como formarão laços fortes com a Universidade que perdurarão no tempo.
A médio-longo prazo, fruto da necessidade de competir à escala global, essas empresas terão que apostar continuamente na inovação, o que alimentará a sua relação com a U.Porto. Estas colaborações obrigarão a Universidade a estar quase que permanentemente alinhada com as necessidades do mercado global, a assumir-se como centro de excelência nas áreas em que é mais forte, o que levará a que naturalmente se criem oportunidades de exportação tecnológica.
Por Isabel Silva in http://noticias.up.pt/