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Arsénio Mota (1930)

Arsénio Mota (1930)

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Demorei a olhar para esta foto (ou melhor, retrato) que topei no meu arquivo. Estávamos então a almoçar, eu e o Andrade, e este amigo, com a máquina ao lado, disparou várias vezes. Põem-me a recordar o Andrade, que deixei de ver. Não sei onde pára, por onde anda. Mas este amigo foi sempre para mim, anos e anos, o amigo Andrade. E agora nem consigo lembrar o seu nome para juntar ao apelido. Sei apenas que fotografava bem. Talvez ele, ao ver esta imagem, me ligue para anunciar que nome tem e ganhar identidade completa. 

11. Designavam-se “brandas” as aldeias de montanha a 900 metros de altitude ou mais, usadas há muitos séculos por habitantes com casas no vale. No Verão praticavam transumância sazonal levando consigo rebanhos, alfaias agrícolas e até mobílias. Conserva-se ainda hoje a “branda” de Santo António do Vale de Poldros, na serra da Peneda, Alto Minho, a 1200 metros de altitude, perto da fronteira com Espanha. 

10. Domingo passado, dia 22, estive com a Armanda Passos, ainda convalescente, na Reitoria da UP, onde decorre a exposição-homenagem – 75 pinturas recentes. A iniciativa é da própria Reitoria, que também edita o catálogo, belíssimo! 

9. Estes dez livros meus estão agora, em novas edições ebook, numa nova plataforma digital – é da Sociedade Portuguesa de Autores. Também são acessíveis no blogue com o meu nome. 

8. Fiz 44 anos no dia escolhido pelas Forças Armadas para nos darem o 25 de Abril. Passei então a aniversariar no feriado nacional – como agradecer tamanha dádiva? Festejamos agora os 44 anos do 25 de Abril e alguém que muito sabe indica-nos ali a capicua, à qual peço licença para agregar esta outra – 88 anos (de idade)… 

7. Congratulado e mesmo desvanecido por tantas expressões de simpatia e de consideração que vos mereci no dia dos meus 87 degraus trepados na escadaria do tempo, estou aqui a interrogar-me. Como agradecer? ?Ajudem-me, pelo menos, a merecer tanta generosidade em gestos cheios de beleza! 

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6. O meu gato é selvagem. Vive na rua, é um pobre sem-abrigo, sem regaço nem almofada para ronronar numas sonecas. Conhecemo-nos há uns anos e somos amigos, ele lá fora no cantinho abrigado onde apanha sol e eu, aqui à janela, civilizado a imaginar-me também selvagem, a vê-lo. 

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5. Os leitores que acompanham de algum modo o que tenho vindo a publicar conhecem-me a tineta: parece que fiquei amarrado com juras de amor eterno à Crónica. 

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4. Pessoas que tenho próximas sustentam que sou organizado, metódico. Repetem-me a opinião como se isso fosse um atributo raro, elogiável como a pontualidade que nos deixa à espera de quem a não tem. 

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3. Há tempo que andava a desejar ver as mais recentes obras do artista plástico Acácio de Carvalho. É um excelente amigo e companheiro de vária lida, merecedor da nossa melhor atenção, e, no entanto, para mim, a ocasião tardou. Mas aconteceu agora, com os seus “Traços”. 

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2. Guilherme Camarinha foi, no seu tempo, um homem e um artista algo peculiar. Nasceu em Valadares, Vila Nova de Gaia, em 01-11-1912 (28 de Abril de 1913 no registo civil). 

A noite da consoada é costume antigo que o calendário marca uns dias depois da entrada do solstício de inverno.

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1. A alma da paisagem 

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7 perguntas a Arsénio Mota

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