O RAPAZ esticou a fisga. Redondo, como uma maçã, caiu o curioso pisco na erva fresca. Quando chegou ao largo, o rapaz gritou: abati um avião inimigo! Das soleiras das portas, o povo, num espanto sonolento, abriu a boca. Trovejou muito durante a noite. Quase todos os televisores ficaram avariados.
Texto de Francisco Duarte Mangas publicado originalmente in O homem do saco de cabedal, Campo das Letras, maio de 2000, página 12, com ilustração de Inma Doval.