OS MORADORES da Rua Camilo Castelo Branco, em S. Romão do Coronado, estão revoltados pelo facto de a sua rua – com oito casas e três terrenos – ficar de fora do projeto de saneamento. “Indignados”. Este é o estado de espírito dos moradores da Rua/Praceta Camilo Castelo Branco, em S. Romão do Coronado, devido à “não inclusão desta rua no projeto de saneamento que está a ser executado”, na rua perpendicular, a Rua das Carvoeiras.
A 24 de agosto, os 17 moradores subscreveram um abaixo-assinado, que foi enviado ao presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, a solicitar “informação/esclarecimento sobre a não abrangência desta rua no projeto de saneamento”.
“Estamos, como devem compreender, indignados com esta situação, porque achamos que todos nós pagamos os nossos impostos e por isso deveremos ter, além desta obrigação, os mesmos direitos que todos os outros cidadãos desta freguesia, como água e saneamento”, podia ler-se no documento, onde referiram que esta “não inclusão” seria “um lapso” e que “aguardam a devida retificação”.
Conceição Tedim, Isaura Gonçalves, Glória Reis e Manuela Silva são algumas das moradoras descontentes com esta situação, uma vez que “não sabem o porquê” de o saneamento não ser instalado na sua rua. “Não sei o porquê de ficarmos excluídos do saneamento. Temos várias vivendas e estamos numa baixa, vemo-nos desesperadas no inverno com as fossas cheias. Acho que não faz sentido o projeto que fizeram”, referiu Conceição Tedim.
Já Manuela Silva declarou que a resposta da Câmara Municipal da Trofa foi que tinham “pegado no projeto que já estava do tempo de Santo Tirso e não confirmaram as casas e as ruas que haviam”. “Como é que passa um projeto de uma câmara para outra e não se confirma nada? Isso é uma irresponsabilidade. Já no tempo de Santo Tirso existia casas aqui”, referiu, acrescentando que o autarca “Sérgio (Humberto) disse que o projeto não tinha nada a ver com a Câmara da Trofa, porque já vinha da Câmara de Santo Tirso e a Águas do Norte pegaram assim”.
Manuela Silva asseverou ainda que “era a Câmara da Trofa que deveria ter verificado e passado o projeto em condições para a Águas do Norte”. “Não faz sentido eles andarem na rua ali em cima e não virem a esta rua. Disseram que vão analisar e que, se calhar, vão fazê-lo em 2016. Então se estão a passar agora e não fazem, que têm a oportunidade, acha que depois vão passar e vão pôr aqui? Claro que não. Isso é atirar areia para os olhos”, terminou.
Saneamento em 2016
O NT solicitou à autarquia, por escrito, um pedido de esclarecimento sobre esta situação, mas, tal como tem acontecido, não obteve qualquer esclarecimento. Já na Assembleia Municipal, a 24 de setembro, Sérgio Humberto, declarou que tentou “sensibilizar esta administração da Águas do Norte, mostrando o abaixo-assinado, a preocupação e as plantas, para ser incluída, se possível, ainda nesta empreitada”. O autarca declarou ainda que “a realização dessas obras necessárias para essa rua” ficará num “próximo plano de investimentos, o mais urgente possível”, tendo a Águas do Norte “garantido que seria já em 2016”.
O NT também solicitou um esclarecimento à Águas do Norte, mas até ao fecho de edição não recebeu qualquer resposta.
Por Patrícia Pereira publicado in Notícias da Trofa