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Catarina Ferreira (1990)

Catarina Ferreira (1990)

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6.
Em devaneios perco-me à procura de uma solução
Para finalmente poder fugir
Torna-se a perfeita obsessão
Sonhar sem do lugar sair

Fecho os olhos e começo a viajar
Ah, como é bom poder voar
Sem limites até conseguir encontrar
A resposta que levo a vida a desvendar. 

5.
Se pudesse, oferecia-te o meu coração
Como prova da minha lealdade
Se pudesse, tornava a tua escuridão
Na mais pura claridade 

4.
Tentar. Não somos ninguém sem sonhar
Até conseguirmos, caímos, choramos, gritamos e erguemo-nos 

3.
Que infantilidade a minha
Pensar em ti a meu lado
Desculpa, sou sonhadora
É um erro comum perdoado
Apaixonar-se sem ser amado  

2.
É na noite perdida que respiro
Sozinha na amarga felicidade 

1.
Nas minhas mãos tenho o maior poder
Escrevo os medos e alegrias sem crer
Que esta minha condenação
Será a minha salvação 

PARA Catarina Ferreira não há lugar como a nossa casa. Já esteve de passagem no estrangeiro e no sul do país, mas a freguesia de Valadares, no concelho de Vila Nova de Gaia e os arredores, em especial a cidade do Porto, serão sempre a sua “casa”. O prazer de viver nestes lugares é tão intenso que se reflete na escolha dos ambientes das suas obras, induzindo-a a fazer descrições físicas dos locais e das tradições. É um sentimento de comunhão tão forte que contagia até os relacionamentos entre as suas personagens. Confirmem em “Amor Ingénuo” e “O Outro Lado de Amar”.

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