MARCELA Segundo nasceu no Brasil e vive em Portugal desde 1988. Licenciada em Microbiologia e doutorada em Biotecnologia, especialidade em Química, pela Universidade Católica Portuguesa, iniciou o seu percurso na Universidade do Porto em 2003, como Investigadora Auxiliar no REQUIMTE – Rede de Química e Tecnologia. É docente da Faculdade de Farmácia desde 2006, onde leciona no Departamento de Ciências Químicas e desenvolve investigação na área das ciências separativas e métodos analíticos de elevado rendimento. É também investigadora integrada na UCIBIO, unidade de investigação dedicada às ciências biomoleculares.
A transferência de tecnologia e do conhecimento para a sociedade é uma das suas preocupações, tendo feito parte da Direção da Sociedade Portuguesa de Química em 2010-2013. Atualmente é Presidente da Divisão de Química Analítica desta Sociedade para o biénio 2016-2018 e representante portuguesa na Divisão de Química Analítica da European Association for Chemical and Molecular Sciences – EuCheMS, função que exerce desde 2012. Integra a equipa do projeto Winove, que consiste numa nova abordagem para análise química de vinhos e que conquistou vários prémios de inovação em 2015.
Recentemente, recebeu o prémio FIA Award for Science, atribuído pela Japanese Association for Flow Injection Analysis que distingue a nível internacional um investigador que tenha contribuído de forma significativa para o desenvolvimento e aplicação de técnicas de análise em fluxo.
– Naturalidade?
– Brasil.
-Idade?
– 42 anos.
– De que mais gosta na Universidade do Porto?
Gosto das oportunidades que surgem pela diversidade de disciplinas/saberes que existem atualmente na Universidade e da disponibilidade que as pessoas das diferentes áreas têm demonstrado para colaborar e explorar novos projetos.
– De que menos gosta na Universidade do Porto?
A Universidade do Porto procura sem dúvida a excelência na investigação e este é um objetivo claro para a comunidade docente. Apesar de todas as iniciativas dos últimos anos, a excelência e o esforço dedicado ao ensino ainda parecem ser menos valorizados, considerando sobretudo os critérios aplicados para a avaliação docente e progressão na carreira.
– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Promover mais atividades que proporcionem a interação dos membros da comunidade (docentes, funcionários, estudantes) existente em cada Unidade Orgânica ou Pólo, de forma a promover a identidade da Universidade e o sentido de pertença à comunidade.
– Como prefere passar os tempos livres?
Em atividades com a minha família: ir à praia, andar de bicicleta, passear ao ar livre.
– Um livro preferido?
“Robot Dreams”, de Isaac Asimov
– Um disco/músico preferido?
Quase todas as músicas dos Coldplay.
– Um prato preferido?
Bacalhau com natas.
– Um filme preferido?
Favores em cadeia (Pay it forward), de Mimi Leder.
– Uma viagem de sonho?
Japão. Tive a oportunidade de visitar várias cidades em 2008. Fiquei surpreendida e encantada com a beleza natural das paisagens e com a cultura japonesa.
– Um objetivo de vida?
Retribuir a minha volta tudo o que acontece de bom na minha vida.
– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)
Os estudantes, sobretudo os mais jovens. Pela sua vontade de aprender, entusiasmo e capacidade de “olhar” o mundo com novas perspetivas.
– O projeto da sua vida…
Ser feliz!
Por Ana Carvalho e Tiago Reis publicado in in http://noticias.up.pt/