CANSADO de humanidade, ganhou pelo. Abjurou a marcha bípede, subiu às árvores do bosque: comeu bagas, frutos silvestres e enxotou a fome dos pássaros. A família pôs anúncios nos jornais, dava alvíssaras a quem a informasse do paradeiro do homem. E ninguém, ninguém até hoje descobriu o professor de pré-história, com horário incompleto.
Texto de Francisco Duarte Mangas publicado originalmente in O homem do saco de cabedal, Campo das Letras, maio de 2000, página 21, com ilustração de Inma Doval.