– Estou exausta. Custa-me subir os
degraus da vida…
Era forte. Eu fazia tudo a correr… E
agora?!
Ai! como gostaria de ir à procura do mais
velho de mim – a minha infância. Ó Meu
Deus! – penso baixinho – se penso alto –
acordo-te. Só e por umas horas – ocultando
meus medos. Já morri tantas vezes, morte
irreal, eu sei. Agora, de mãos trémulas,
pacientemente aguardo a outra morte, a
verdadeira. Tenho tempo!…
Por Rosália Lopes, que vive em Póvoa de Varzim, Portugal.