Era diferente. A multidão o afligia, a
inabilidade de filtrar uma voz, entre
todas ouvidas ao mesmo tempo, era o
estopim da crise. Por que falar tão
alto? Restava-lhe tapar os ouvidos, ou
chorar. A agonia irrefreável só cedia
com o prazer do abraço intenso, quase
sufocador. Sem asas, era um anjo azul.
Por Regina Ruth Rincon Caires, que vive em Campinas, São Paulo, Brasil.