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Porto visto por Sidneia Simões

Porto visto por Sidneia Simões

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SIDNEIA Simões vive em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil. Faz parte do coletivo O Grito onde se dedicam à produção de postais. Tem muito prazer em escrever e saber que o postal foi recebido por outro. Acredita na literatura postal como variante das narrativas breves, uma vez que os postais são acessíveis, de fácil manuseio e distribuição. O Porto sempre esteve presente no seu imaginário, associado à devoção e aos milagres atribuídos a Nossa Senhora, que deu nome à cidade onde viveu na infância, Senhora do Porto, cuja imagem chegou ao Brasil proveniente do Porto.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

29/8/1964 – Serro – Minas Gerais – Brasil

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Rua Gonçalves Dias, 1846 – ap 2304 – Bairro Lourdes – Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil – CEP 30140-092

3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?

Alvorada de Minas – Minas Gerais
Senhora do Porto – Minas Gerais
Dom Joaquim – Minas Gerais
Serro – Minas Gerais

4 – Formação académica?

Formada em Comunicação/Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas;
Pós-graduada em Comunicação e Gestão Empresarial; e em Língua Portuguesa pela PUC Minas;
Curso Técnico de Teatro pelo Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes – BH – MG.

5 – Atividade profissional?

Servidora pública aposentada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde trabalhou por 23 anos como assessora de imprensa, secretária do presidente, entre outras funções – de 1993 a 2016;
Professora da Prefeitura de Belo Horizonte – de 1984 a 1993.

6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]

As minhas origens, as paisagens, as histórias, especialmente as pessoas (familiares ou conhecidos), estão presentes no meu coração, na minha memória e na minha busca artística. A cidade em que vivo, Belo Horizonte, foi o lugar em que, desde 17 anos, encontrei espaço para o estudo e para as parcerias artísticas.

7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?

Incrível, mas a cidade em que vivi dos 3 aos 12 anos, recebeu o nome de Senhora do Porto, por causa de uma imagem de Nossa Senhora trazida da cidade do Porto no século XVIII, um dos marcos para a fundação do município. De certa forma, a cidade do Porto sempre esteve presente no meu imaginário, associada à imagem, à devoção  e aos milagres atribuídos à Nossa Senhora.

8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?

Já estive em Portugal, mas, infelizmente, não visitei a cidade do Porto.

Literatura Postal

9 – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?

Na verdade, gostava de postais, mas essa não era uma ideia fixa ou uma obstinação. Acredito que o formato surgiu pela especificidade da nossa parceria. Amigos há cerca de trinta anos, queríamos desenvolver um trabalho coletivo e que pudesse ser conciliado com as nossas outras atividades profissionais, algo que fosse possível. Os postais, sugeridos pelo Laudeir Borges, que se inspirou na experiência antinazista, mostrou-se uma alternativa viável tanto do ponto de vista do tempo para sua execução como pelos custos acessíveis.

10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?

Tenho mais prazer em escrever e saber que o postal foi recebido por outro – a primeira parte envolve a criação artística, algo que sempre me deu prazer e representa fonte de autorrealização; a segunda parte está relacionada à possibilidade de partilha, sem a qual a arte não faz sentido.

11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?

Acredito que sim. Os postais são acessíveis, de fácil manuseio, distribuição e circulação, tornando a produção artística mais próxima e incorporada ao cotidiano das pessoas.

12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

Facebook: Coletivo O Grito

[1] NOTA: a pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

§

sidneia_simoes_frente_HP_2016

Redemoinho por Sidneia Simões para a I Convocatória de Histórias em Postais.

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