TIAGO Pinto nasceu em Lisboa onde continua a viver depois de ter residido durante três anos em Amsterdão. Adora caminhar pelas ruas da cidade, sem direcção pre-definida, na expetativa de ser surprendido pelos edifícios, parques, ruas, estátuas ou monumentos. Nesse sentido, Lisboa, a cada caminhada, limpa-lhe a cabeça, dando espaço para que as ideias apareçam. Conhece o Porto desde criança, o que lhe causa uma certa nostalgia quando se lembra da cidade. Como designer gráfico diz que o Porto tem uma cultura e linguagem visual únicas no país.
Por Paulo Moreira Lopes
1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
Nasci em Lisboa, a 8 de Outubro de 1986 num hospital do qual já só existe o edifício em S. Sebastião da Pedreira.
2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Resido em Alcântara, desde que regressei a Lisboa, há 3 anos.
3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?
Sou daquelas pessoas que não tem terra, como se diz. Não tenho terra onde passar a páscoa, nem ‘terra’ com festas durante o mês de Agosto. Chega a época natalícia e também não usufruo de horas e filas de trânsito intermináveis até chegar junto da família…
Nasci em Lisboa, cresci e estudei cá. Aos 24 anos decidi que precisava de viver noutro lado. Fui para Amsterdão onde estive durante 3 anos.
4 – Habilitações literárias?
Sempre fui um aluno medíocre. Para não dizer mau. Pulei de curso em curso, e não acabei a Licenciatura de Relações Públicas e Publicidade. Por isso, na realidade tenho o 12º Ano. Que fiz à noite, no ensino recorrente.
5 – Atividade profissional?
Criativo publicitário.
6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?
Não sei ao certo como influenciou, ou se realmente influenciou. Adoro a minha cidade. Adoro caminhar pelas ruas da cidade, sem direcção pré-definida. Olho para cima, em vez de olhar para o chão. “Descubro” edifícios pelos quais passei a vida toda, e naquele dia despertam algo em mim. Quem diz edifícios diz parques, ruas, estátuas ou monumentos. Se a isto se chama influenciar, então diria que Lisboa, a cada caminhada, me limpa a cabeça, dando espaço para que as ideias apareçam.
7 – Quando pensa na cidade e na região do Porto lembra-se imediatamente de quê?
O meu pai, fotógrafo de profissão, teve durante a minha infância muito trabalho no Porto. Era comum ir de comboio, com a minha mãe ter com ele ao fim de semana nas alturas em que ele estava a fotografar no Porto.
Para mim a cidade tem essa nostalgia de criança. Os bombons da Confeitaria Cunha, e a Residencial onde ficávamos junto dos Aliados. Como sou adepto do Futebol Clube do Porto, é inevitável que o clube venha à mente cada vez que penso na cidade do Porto.
Mais tarde, já em adulto, descobri a oferta cultural que a cidade tem. As maravilhosas papelarias que ainda hoje continuam com as portas abertas e a atmosfera da cidade. Todos dizem que Lisboa é a nova “Barcelona” ou “Berlim”. Acho que ainda não conheceram o Porto.
8 – Como vê o Porto nos dias de hoje?
Acima de tudo vejo com saudade. Parece sempre que não visito a cidade há mais tempo do que aquele que realmente passou.
Dito isto, vejo uma cidade com uma vida e ambiência maravilhosa, quer em termos culturais quem de paisagem citadina, oferta histórica e gastronómica. Uma cidade com uma cultura e linguagem visual única no país. Não é por acaso que grande parte do melhor design gráfico nacional dos últimos anos tem proveniência de estúdios portuenses.
9 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?
@myusernameispinto (instagram)