Os meus sinceros agradecimentos!
Doutor, não sei se ainda se recorda de mim, mas eu jamais o esquecerei.
Entrei nas urgências do Hospital de S. João, no dia 19 de maio de 2018. Já entrei em cadeira de rodas, pois estava bastante combalida e mal conseguia pôr-me de pé.
Infelizmente quem estava na triagem, apesar da minha fragilidade, atribuiu-me a pulseira verde. Esperei horas para ser atendida e cada vez mais debilitada. A enfermeira de serviço deveria pensar, que eu me queixava para ter prioridade no atendimento e dizia que eu tinha de esperar pela minha vez.
Passadas largas e sofridas horas, uma enfermeira vem à sala de espera e ao reparar em mim e no meu estado bem debilitado mandou, muito aflita, que eu entrasse imediatamente deduzindo logo, que seria uma septicemia. Bem-haja, senhora enfermeira (infelizmente não sei o seu nome), de quem eu, carinhosamente, me lembro como uma menina franzina, dedicada e decidida, por ter reparado em mim.
Foi aí, Dr. Sérgio Gaião, que fiquei nas suas mãos. Jamais vou esquecer que apostou em mim e não mais me abandonou.
Jamais posso esquecer tudo o que fez para me salvar.
Jamais vou esquecer todo o carinho, dedicação e atenção para comigo.
Preocupado, aconselhou a minha nora, que me acompanhou, a que chamasse os meu filhos, que entraram na sala para me ver, pois o meu estado era bastante crítico. Mas não me abandonou, Doutor. Nunca desistiu, Doutor. Lutou comigo até ao fim.
Faz um ano, Doutor. Sabe, Doutor, tenho filhos gémeos, que fazem hoje anos (22-05-2019). E eu, graças a si, comemoro os anos dos meus filhos e um ano em que renasci, graças a si. Agradeço, do fundo do meu coração, toda a sua dedicação e amor (sim, amor, pois só o seu amor para com os outros, faz de si o médico e a pessoa que é) e claro à sua equipa.
Não sei se se lembra de mim, doutor!… Mas eu jamais o esquecerei. Desejo-lhe as maiores Felicidades e se me permite, um forte xi-coração.
P.S. – Não posso deixar de agradecer a todo o pessoal dos cuidados intensivos das doenças infectocontagiosas, onde fui muito bem tratada, assim como a todo o pessoal da enfermaria que me tratou com todo o carinho.
Maria Manuela Rebelo Martins
Publicado in JN de 22-05-2019, página 19