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Sete perguntas a Filipe Oliveira

Sete perguntas a Filipe Oliveira

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FILIPE Oliveira é estudante de artes. Diz que começar a estudar no Porto foi quase um choque cultural. Com apenas 40km a distanciar de Freamunde, de onde é natural e vive, as duas cidades são completamente diferentes, com ritmos e pessoas muito distintas. Acrescenta que foi no Porto que cresceu imenso como pessoa, o que alterou bastante o seu lado artístico com novas inspirações, técnicas e materiais.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

27 de março de 2000, Freamunde, Paços de Ferreira.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Vivo em Freamunde, Paços de Ferreira.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?

Frequento o curso de Multimédia na Escola Artística e Profissional Árvore (EAPA).

4 – Formação académica?

Formação técnica na EAPA.

5 – Atividade profissional?

Estudante

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?[1]

O local onde vivo ajudou-me bastante a criar parte do meu lado artístico porque mesmo sendo uma cidade pequena, é rica culturalmente, desde os 9 anos que me desenvolvo no ramo da música, vídeo, fotografia, desenho, pintura, design gráfico, 3D e ilustração, e graças a isso não consigo ter um estilo próprio porque estou sempre em busca do novo para encontrar a minha zona de conforto.

Em 2016 comecei a escrever e a desenhar nas paredes do meu quarto e demorei 2 anos até as preencher, era como entrar numa divisão de uma casa abandonada, mas esta estava habitada. Na altura compararam-me ao Basquiat, que pouco tempo depois se tornou o meu artista favorito. Depois sair das paredes por falta de espaço, passei para o papel, mas a forma de pensar do Basquiat ficou até hoje.

Raramente penso no que vou fazer, porque para mim, a primeira ideia é a que define o que estamos a sentir, pensar altera o que verdadeiramente queremos transmitir.

Começar a estudar no Porto foi quase um choque cultural porque com apenas 40km a distanciar Freamunde do Porto, são cidades completamente diferentes, ritmos e pessoas muito distintas, e no Porto eu cresci imenso como pessoa e isso alterou bastante o meu lado artístico com novas inspirações, técnicas e materiais.

7 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

https://www.behance.net/fdo_
https://www.instagram.com/_fdo____/

[1] A pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, segundo a qual o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influencia as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

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