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Destino de poeta por Octavio Paz

Destino de poeta por Octavio Paz

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Palavras? Sim, de ar,
e no ar perdidas.
Deixa-me perder entre palavras,
deixa-me ser o ar nuns lábios,
um sopro vagabundo sem contornos
que o ar desvanece.

Também a luz em si mesma se perde.

in Antologia poética (1935-1975), organização e tradução de Luís Pignatelli, Publicações Dom Quixote, 1984, página 14

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