O poema não é uma decisão,
não é a cláusula manhosa
camuflada no contrato por objectivos
Também não é a extremidade
sequiosa, último anzol na raiz
de uma árvore incauta
Mais facilmente seria a panóplia
de aprestos que um homem leva
para a vida no mar
Mas se sentires que é uma decisão,
toma-a
até à última gota
in Importunar o tempo à fisga, Língua Morta, maio 2018, página 38