Um buraco nos penhascos,
é o meu ninho, mas o mar chama-me,
e eu embalo os meus sonhos
nas covas das ondas.
O movimento do Vosso oceano
está comigo no céu,
onde eu balanço
numa asa, depois na outra,
e me precipito
como uma pedra
no clarão vivo
de um peixe.
Senhor,
faz o meu grito pungente
eco do trabalho interminável
que bate nas Vossas costas?
Eu sou um pássaro
como o sal,
cinzento e branco,
com um sabor amargo
que não desaparece;
E os navios
de partida
olham para mim longe da vista,
como um pequeno lenço
a dizer adeus.
Na inquietação do meu reino,
Senhor,
poupai-me às tempestades.
tradução de PML