Misteriosa e baça
face da terra
Fala
com dedos de meia-noite
o dialecto do eterno meio-dia
Rebenta
com auroras imprevistas
na sua despensa de memórias
Tudo porque
no seu coração
o sol dorme
In A maçã de ferro e outros poemas, Maus, fevereiro 2024, tradução Filipe Ribeiro, página 18