Amarelo sono da ausência
do cimo das telhas inocentes
espera
Espera para descer
sobre as pálpebras fechadas da terra
sobre faces extintas das casas
sobre braços dóceis das árvores
Espera sem se fazer notar
para estender
sobre a enviuvada mobília debaixo de si
cuidadosamente
um véu amarelado de pó
In A maçã de ferro e outros poemas, Maus, fevereiro 2024, tradução Filipe Ribeiro, página 16