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Ceifar por Robert Frost

Ceifar por Robert Frost

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Nunca houve um som junto ao bosque exceto esse,
e esse era a minha longa foice a roçar no chão.
O que é que ela sussurrava? Eu próprio não sabia bem;
talvez fosse algo sobre o calor do sol,
algo, talvez, sobre a ausência de voz –
e foi por isso que ela sussurrou e não falou.
Não era um sonho fruto de horas ociosas,
ou ouro fácil nas mãos de uma fada ou duende:
algo mais do que a verdade teria parecido demasiado fraco
para o amor sincero que colocou o vale em fileiras,
não sem espigas de flores de pontas fracas
(pálidas orquídeas), e assustou uma serpente verde brilhante.
A realidade é o sonho mais doce que o trabalho conhece.
A minha longa foice sussurrou e deixou o feno por cortar.

in Heaven on hearth: 101 Happy Poems edited by Wendy Cope, 2001, Faber and Faber Limited, página 54, tradução PML

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