Eu trabalhava como auxiliar num hospital
sem medicamentos nem água.
Carregava arrastadeiras
cheias de pus, sangue e fezes.
Amei o pus, o sangue e as fezes-
estavam vivos como a vida,
e havia cada vez menos
vida em redor.
Quando o mundo estava a morrer
eu tinha apenas duas mãos e entregava
aos feridos uma arrastadeira.
tradução de Jorge Sousa Braga