Inês Lourenço

/ 4327 leituras
Não precisa de respiração assistida / para o ar lhe circular entre os vocábulos. Nem / jaz inerte e horizontal numa febre letárgica / que lhe impõe caminhos

Daniel Filipe (1925-1964)

/ 901 leituras
Um amor como este / não pede mar ou praia: / somente o vento leste / erguendo a tua saia.

Sofia Moraes (1963)

/ 1367 leituras
cabe a cada coisa seu lugar / e a linha que traça no ar / e merecer um olhar de criança / longe do hábito de / chamar-lhe verde

José Efe (1960)

/ 1078 leituras
Folhas rosáceas / esquecidas no passeio / outono maduro. 

André Domingues (1975)

/ 2089 leituras
Chamei-lhe cabra e intempérie. / On the youth at night, diria / Anne Carson. / Na juventude, de madrugada / diria eu.

Raul Brandão (1867-1930)

/ 2921 leituras
passavam a vida à espera dos homens, enquanto as mãos ágeis iam tecendo ternura e espuma do mar…

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

/ 2820 leituras
Com voz nascente a fonte nos convida / A renascermos incessantemente / Na luz do antigo Sol nu e recente / E no sussurro da noite primitiva

João Saraiva (1866-1948)

/ 5909 leituras
Há corações felizes / Que rápido se esquecem! / Esses não envelhecem... / São os ingratos — dizes.

José Manuel Teixeira da Silva (1959)

/ 2213 leituras
É um anexo da morada branca / para lá da sucessão das naves / Em rigor, errámos apenas de transparência / em transparência, até às cúpulas quebradas de cristal

Aurelino Costa (1956)

/ 3923 leituras
Vêm de um canto da sala, / as vozes e eu / vejo-as salubres sombras / nos altares / enquanto um caracol / nas paredes corre

Manuel Araújo da Cunha (1947)

/ 3841 leituras
Presos nas amarras / inventamos horizontes / Quem me leva / ao corpo do rio / e a morrer dentro dele

Daniel Faria (1971-1999)

/ 5689 leituras
Voz pisada como o vinho / De onde bebo / A perda dos sentidos

Aureliano Lima (1916-1984)

/ 1739 leituras
Sou a tua vigília: um cílio / De memória que segue a tua sombra.

José Alberto de Oliveira (1945)

/ 802 leituras
Por mais que o vento / sopre lá fora // o leite e o mel resplendem / nos ângulos da cozinha.

Alexandra Malheiro (1972)

/ 4312 leituras
Tantas vezes que me apetece / matar as palavras ou / ficar quieta num canto à espera / que elas me matem.