António Rebordão Navarro (1933-2015)
Subjacente à sua voz existe / o mapa da cidade feita aos poucos, / nos pequenos interstícios das crises, / dos ventos e da chuva, da erosão.
João Saraiva (1866-1948)
Há corações felizes / Que rápido se esquecem! / Esses não envelhecem... / São os ingratos — dizes.
Artur Jorge (1946-2024)
De / folhas / estateladas // a / árvore / - corpo / só - // de / pé / junto aos despojos
Almeida Garrett (1799-1854)
É lei do tempo, Senhora, / Que ninguém domine agora / E todos queiram reinar.
José Manuel Teixeira da Silva (1959)
É um anexo da morada branca / para lá da sucessão das naves / Em rigor, errámos apenas de transparência / em transparência, até às cúpulas quebradas de cristal
Duarte Solano (1889-1915)
A aventura da vida, ébrio da sorte, / Vês quasi finda e pões-te a meditar, /A cismar – (ai de ti! com medo à morte!) / No que passou para não mais voltar.