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Pedro Amaral (1974)

Pedro Amaral (1974)

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Já não venho aqui desde o ano passado. E não senti falta para ser honesto. Como podem constatar, Portugal é um enorme complexo hospitalar. Os prédios onde vivemos são blocos, as casas são salas de espera. Ninguém convida ninguém. As nossas sombras querem sair à rua e não podem. A minha faceta adolescente aguarda por uma Godzilla que irá emergir a qualquer momento do oceano e arrasar tudo de vez. Ou então o súbito aparecimento nos céus de um esquadrão de ovnis de Arcturo ou das Plêiades. Ou menos as notícias mudavam. Mas não. Hospitais. A.V.. Ambulâncias. UCIs sobrelotadas, Boavista em último. Só tragédias. 

5. Trabalho num escritório. Introduzo dados num programa de computador durante todo o dia. Às vezes, vou ao WC. Faço duas pausas de 15 minutos, uma de manhã, outra à tarde. Assino um livro de ponto no final do dia.
É isto. Acho que não me esqueci de nada.

4. Encosto a cara a este sol de Inverno, que dia magnífico para dar uma volta pela paróquia. Até os homens da junta trabalhavam com mais afinco e dedicação. 

3. O segundo caminho para a Loja de Cima é o Caminho das Garrafas. Os vinhateiros da Ramada Alta e os donos das caves resolveram ajudar as pessoas que viviam no Monte e mandaram construir um caminho com garrafas vazias. 

2. Peço sempre à minha mulher para comprar a minha roupa interior. Ela já sabe a marca e o modelo que uso. 

1. Consigo ouvir a conversa entre os taxistas lá em baixo. Conhecem-se todos, tratam-se por tu e atenção que eu não moro numa cidadezeca qualquer! 

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