Manuel Araújo da Cunha
Manuel Araújo da Cunha (1947)
Presos nas amarras / inventamos horizontes / Quem me leva / ao corpo do rio / e a morrer dentro dele
Sete perguntas a Manuel Araújo da Cunha
NADO e criado na margem direita do Douro, o Manuel, naturalm...
À espera do Solstício
Sentado na pedra à beira do rio espero o solstício, o clarão que vem iluminar a terra, anunciar a vitória da luz sobre as trevas e refazer a esperança que se julgava perdida.
Sinfonia eterna
Lá em baixo, nas profundezas de um vale de encantos, corre um rio. É o Douro, uma silhueta líquida imponente a serpentear por entre as aldeias ribeirinhas até desaparecer na minha linha visual lá para os lados da cidade do Porto.
Boieiro
Em Quebra Fios a manhã despontava quente e linda quando um surdo mudo descalço, remava no barco valboeiro na tentativa de cambar o rio para a margem esquerda até terras de Gondarém, lugar escondido dos olhos da sede da freguesia da Raiva e do centro de concelho de Castelo de Paiva.
Alquimia dos dias frios
E vieram os dias frios, as noites escuras, intermináveis e geladas, os perturbantes silêncios dos desertos que nos assaltam alma, a tristeza infinita da paisagem outrora coroada de encanto e beleza aniquilar o sonho maior de uma vida.