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Porto visto por Carlos Arinto

Porto visto por Carlos Arinto

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CARLOS Arinto nasceu em Linhares, Celavisa, Arganil. Atualmente vive na Amadora. Diz que escrever é assim “a modos que” ir teclando deixando o espírito correr. Colocar em palavras cirúrgicas vagas ideias e criar imagens cristalizadas em palavras. No entanto, não se considera “escritor”, nem “poeta”, apesar da obra publicada. Associa o Porto a um gigante em ninho pequeno como expressão de um alcantilado formigueiro de nacionalismo. Sobre a literatura postal (será um género literário em criação?) define-o como sendo estética e arte que se desloca: corpo e alma em voo.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

12.09.1951 Linhares, Celavisa, Arganil.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Amadora, Lisboa.

3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?

Nenhum outro.

4 – Habilitações literárias?

Frequência universitária, no grau de bacharelato.

5 – Atividade profissional?

Consultor.

6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?

O local de nascimento influenciou como raiz de memória. É uma ligação geracional, embora não de vivência. Influencia pela capacidade em determinar um caracter e uma dinastia com especificidade e empatia na forma de abordar a cultura, por vezes com determinismo geográfico.

7 – Quando pensa na cidade e na região do Porto lembra-se imediatamente de quê?

Do mundo. Sempre associei o Porto ao que resta do mundo imenso que nos rodeia. Pelo desusado do contraste com Lisboa, pelo virtuosismo do núcleo cerrado, da sua cor, da sua afabilidade e caricia das gentes. O Porto é um gigante em ninho pequeno como expressão de um alcantilado formigueiro de nacionalismo.

8 – Como vê o Porto nos dias de hoje?

Um universo.

Literatura postal

9 – Tem a mania dos postais?

Curiosidade. Um formato que faz a diferença.

10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?

Comprar, escrever e enviar.

11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?

O conceito de literatura postal é curioso e interessante. Não possui autonomia, face aos restantes géneros literários, mas pode caminhar para essa independência, caso os autores se debrucem sobre a mesma e a alimentem com qualidade e substância. O que depende muito dos divulgadores, editores e estudiosos. Tem a vantagem de ser memória e fragmento físico. Estética e arte que se desloca: logo corpo e alma em voo.

12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

https://www.facebook.com/carlos.arinto

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