NASCEU, cresceu e licenciou-se na cidade cinzenta, como a própria gosta de lhe chamar. Hoje continua refém deste território onde vem plantando afetos. Aqui vive e aqui trabalha. Este é o lugar onde sente o cheiro do manjerico pelo S. João, onde ouve o estrelejar dos foguetes (será um lugar de melodias) e de onde avista, sob a luz vertical, uma nesga de rio ou de mar. Sente que esta cidade é o começo e o fim do mundo. Tudo o que escreve tem Porto dentro. É caso para perguntar: Alexandra Malheiro, como faz para ser assim, poema a tempo inteiro?

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
04/07/1972 – Miragaia – Porto.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Ramalde – Porto.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?
Externato Silva Teixeira
Escola Preparatória Dr. Augusto César Pires de Lima
Escola Secundária Rainha Santa Isabel
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

4 – Habilitações literárias?
Licenciatura – Ensino superior

5 – Atividade profissional?
Médica – Especialista em Medicina Interna

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?
Somos, naturalmente, resultado do espaço que nos rodeia, irremediavelmente reféns do território onde enraizamos os nossos afectos.

Nada do que escrevo está isento do granito da minha cidade nem das suas idiossincrasias. A cidade cinzenta, como gosto de lhe chamar, é tão parte de mim que não me reconheço noutro lugar e tudo o que escrevo tem Porto dentro.

7 – Endereço na web/blogosfera para a podermos seguir?
www.alexandramalheiro.no.sapo.pt
www.ante-meridian.blogspot.com
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Publicado originalmente em 9 de Setembro de 2013