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Sete perguntas a Ana Ramos

Sete perguntas a Ana Ramos

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ANA Ramos é o que se pode designar por maiata de gema: nasceu e vive na Maia. Além de ser filha, irmã, amiga, psicóloga, é ainda escritora. O ponto de partida do seu trabalho literário é a observação do meio que a rodeia, onde se inclui a família (é um lugar de afetos e de aprendizagem). A sua obra “Arauto de Más Notícias” traz-nos boas notícias quanto aos valores alimentados naquele espaço, como sejam a liberdade e o respeito pelo outro. As histórias (sobre o trabalho, o amor e a generatividade), são ilustradas pela artista urbana Rafi, também maiata.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

09 de fevereiro de 1984, Vila Nova da Telha, Maia, Porto.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Moreira da Maia, Maia, Porto.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?

Escola Secundária da Maia e Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.

4 – Habilitações literárias?

Mestrado em Psicologia

5 – Atividade profissional?

Productivity Consultant

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?

Como filha, irmã, amiga, psicóloga, pessoa e mulher tem-me sido difícil, ao longo da vida, não pensar e não sentir acerca do que vai acontecendo à minha volta. Como todos vocês podem antecipar, muitas vezes cheguei a becos sem saída em que não sabia nem o que pensar, nem o que sentir. O que não sei explicar ganhou o hábito de se transformar em motor de expressão e a natureza insólita que procuro encontrar tem sido desbloqueio para desabafo e novo pensamento.

Se parti do que se passava à minha volta, o local onde cresci teve influência inegável nas minhas histórias.

Desde logo, o facto de ter crescido numa família onde o respeito pelas palavras é imperativo desenvolveu em mim este encanto pela escrita e a ideia de que, através de uma mensagem e/ou provocação, posso ir contribuindo para fazer mudar um bocadinho de mundo. Os valores alimentados neste contexto – de integridade, família, liberdade e respeito pelo ser humano e pelo ser vivo – são também valores presentes no “Arauto de Más Notícias” e na minha vida de uma forma geral.

Por outro lado, a observação do meu meio é o ponto de partida para a escrita. É do que vejo e percebo onde estou que surgem as ideias de histórias e mensagens. Muitas das minhas personagens personificam situações quotidianas, pelo que é possível a identificação dos portuenses com os contos do “Arauto de Más Notícias”.

Por fim, as ilustrações são de Rafi – uma writer maiata com atividade no centro do Porto. Esta artista urbana ilustrou os contos no mesmo estilo artístico que espalha pela cidade do Porto, provando a ligação desta obra ao local que a vê nascer.

7 – Endereço na web/blogosfera para a podermos seguir?

www.facebook.com/arautodemasnoticias

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