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Sete perguntas a Constança Araújo Amador

Sete perguntas a Constança Araújo Amador

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QUEM é a pessoa, quem ela é, que já morou na freguesia de Ramalde, na Praia da Granja e que hoje reside no Bonfim, que no Verão está habituada a caminhar sob a sombra dos plátanos e no Outono sobre restos de sol ressequido[1], que adora o reportório vocal dos melros, que todos os dias, faça chuva faça sol (também é perseverante), percorre a pé o Porto e o surpreende a despertar, que se sente influenciada, na vida e no trabalho, pela cidade e que, por último, mas não menos importante, ama as Belas Artes?

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
Nasci numa segunda-feira de trovoada no dia 3 de Dezembro de 1984, às 15h00 no Hospital de Santo António. Fui registada na Freguesia de Ramalde, concelho do Porto e aí vivi dois anos.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Após 21 anos a viver na Praia da Granja e depois de ter passado o meu último ano de licenciatura em Erasmus, na bela cidade de Praga, na República Checa, fui cruzando por pequenas estadas noutros pontos do país. Vivo agora na freguesia do Bonfim, concelho do Porto.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?
Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto e Universidade Portucalense Infante D. Henrique.

4 – Habilitações literárias?
Licenciatura em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Pós-Graduação em Gestão Cultural pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Porto e, presentemente encontro-me a finalizar o Mestrado em Ilustração e Animação no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Escola Superior de Tecnologia, em Barcelos.

5 – Atividade profissional?
Exerço funções a tempo inteiro no Museu da Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, nas áreas da Museografia e do Serviço Educativo. Aqui e acolá, dou formação e workshops de Desenho e Ilustração.

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?
Para além dos anos nas Belas Artes e dos percursos que fazia pelas ruas do Porto, como nos trajectos para ir comprar material ou para chegar a casa, habituei-me a viver em zonas ladeadas por plátanos. Já na Praia da Granja era assim. Adoro os melros que as habitam, o cheiro que emanam no Outono e, não é por acaso que decidi voltar a viver nesta zona próxima da Faculdade. Todos os dias, faça chuva faça sol, percorro a pé o Porto e vejo-o a nascer. Presencio o nevoeiro matinal que envolve o Jardim de São Lázaro e conheço-lhe os hábitos e rotinas destas ruas que me levam à baixa. A influência que poderá ter no meu trabalho não sei ao certo como acontece, mas está presente naquilo que sou e no que me tornei hoje em dia. Partilho igualmente com todas as pessoas que tenho presentes em cada momento e que se cruzaram comigo, nesta cidade que é o meu ninho.

7 – Endereço na web/blogosfera para a podermos seguir?
www.facebook.com/aConstanca
www.aconstanca.tumblr.com
www.behance.net/aConstanca

[1] Verso do poema Outono, de Francisco Duarte Mangas e João Pedro Mésseder in Breviário do Sol, Editorial Caminho, 2002, página 17.

Publicado originalmente em 7 de julho de 2013

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