GIL Nunes nasceu na Madalena, Vila Nova de Gaia, onde continua a viver e a trabalhar na área da comunicação social. Publicou quatro contos e quatro romances. Revela que, com excepção dos contos “Amo-te num Saco de Cimento” e “Revalutzia” – que se passam na Madalena – os espaços dos trabalhos têm sido universais. Sente que já devia ter escrito mais sobre Gaia. Mas espera um dia, de forma natural, saldar um pouco essa dívida em relação à sua cidade.
Por Paulo Moreira Lopes
1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
27 de maio de 1981. Natural de Madalena, Vila Nova de Gaia.
2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Mafamude, Vila Nova de Gaia.
3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?
Escola Primária do Maninho, Madalena
Escola Secundária Inês de Castro, Canidelo
Escola Secundária António Sérgio, Mafamude
Universidade Fernando Pessoa, Porto
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto
4 – Formação académica?
Licenciado em Ciências da Comunicação; Frequência de Mestrado, Interrompida, em Linguística.
5 – Atividade profissional?
Profissional de Comunicação na Câmara Municipal de Gaia
6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?[1]
Com excepção de “Amo-te num Saco de Cimento” e “Revalutzia” – que se passam na Madalena – os espaços dos meus trabalhos têm sido universais. No entanto, alguns leitores já me têm dito que se nota uma grande ligação à minha cidade (Gaia) nos pequenos pormenores de escrita e na forma como falo. Tenho uma ligação muito pessoal, muito íntima com a minha terra muito embora a mesma não se traduza em demonstrações de qualquer natureza, por uma questão de feitio e reserva pessoal. Sinto que já devia ter escrito mais sobre Gaia mas a melhor resposta é que Gaia já me fez escrever sobre imensos sítios: nas longas caminhadas, nos passeios de reflexão, nas idas ao café, ao supermercado, na conversa informal com este ou com aquele. Um dia hei-de corrigir esse desequilíbrio e saldar um pouco essa dívida em relação à minha cidade. Mas terei de o fazer de uma forma natural.
7 – Endereço na web/blogosfera para a podermos seguir?
https://www.facebook.com/gilnuneswriter/
[1] A pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, segundo a qual o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influencia as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.