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Sete perguntas a Joana de Sousa

Sete perguntas a Joana de Sousa

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JOANA de Sousa nasceu em Paredes e aí continua a residir. Neste momento reparte a sua vida entre aquela cidade e o Porto onde passou a estudar. Diz que não tem dúvidas que estes dois lugares influenciaram a sua escrita. Tanto assim é que nos dias de hoje quando percorre as ruas daquelas cidades acontece-lhe um poema (ou será a Minerva Martins ou a Carolina Eleutério). Apesar de não conseguir descortinar os motivos da inspiração, o que é certo é que algo faz despontar nela a poesia. Daí que identifique a sua poesia com o Porto.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

13 de Julho de 1992 no concelho de Paredes, no Porto.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Concelho de Paredes, Porto.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?

Escola Secundária de Paredes e Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

4 – Habilitações literárias?

Atualmente a frequentar a Licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

5 – Atividade profissional?

Estudante.

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?

Confesso que o facto de ter crescido onde cresci moldou a minha escrita. Acredito que a reminiscência daquilo que fui, daquilo que vivi, das memórias, das casas onde vivi, dos locais por onde passei, é a inspiração maior da minha poesia. Escrevo desde muito cedo, e foi este local que me viu nascer como alguém que assim que aprendeu a escrever, pensava que toda a gente era capaz de escrever um belo poema, que era uma capacidade inata de todo o ser humano. Foi este local, estas gentes, que degustam a minha escrita, desde muito nova. Foi aqui, que pela primeira vez alguém me disse «um dia vais ser escritora». Paredes e Porto influenciaram a minha escrita, sem questão alguma. Ainda hoje percorro as ruas e acontece-me um poema, algo ou alguma coisa faz despontar em mim alguma coisa e surge um poema. A minha poesia é o Porto, é uma rapariga de Paredes que passeia pelo Porto e retrata a reminiscência.

A minha madrinha trabalha numa livraria, portanto livros nunca foram algo de raro em minha casa. Cresci com o cheiro dos livros pela casa. Quando era mais nova, uma professora incentivou-me a ler mais e a escrever mais, e eram várias a ocasiões que, depois das aulas, me emprestava um livro, geralmente de ficção, para suponho, alargar a minha imaginação. Mas, somente quando encontrei a poesia de Miguel Torga e Sophia de Mello Breyner Andresen é que me apaixonei, de facto, pelas letras, por escrever, e comecei a dedicar-me à escrita, mas nunca à poesia pois nunca me achei capaz de escrever um poema que fosse digno de estar na mesma sala onde guardava os livros desses nobres poetas. Quando entrei em contacto com a poesia desses autores, a minha visão sobre as letras mudou e para mim, a poesia passou a ser uma arte, um dom.

Para ser honesta, nunca pensei ser capaz de escrever um poema. Para mim, a poesia era uma arte ou um dom, tal como era a literatura, eu não era certamente uma artista. A meu ver, eu era dotada de alguma facilidade com as palavras, mas não poderia nunca ser uma escritora ou uma poetisa. No verão de 2013, contemplei pela primeira vez a ideia de escrever poesia e valorizar o que escrevia, de facto. Por essa altura, lia bastante Ricardo Reis o que chega a ser irónico, pois uns meses mais tarde viria a ser uma estudante de Filosofia, um dos grandes interesses do poeta. Foi numa dessas tardes de leitura, na cidade da Maia, que o meu pseudónimo fez os primeiros rascunhos. A poesia e os pseudónimos, contudo, viriam a ganhar contorno apenas no Outono do mesmo ano. Primeiro, foi a Minerva Martins a dar os primeiros passos na poesia, mas foi a Carolina que, de facto, me fez acreditar em mim e na minha poesia.

7 – Endereço na web/blogosfera para a podermos seguir?

http://carolinaeleuteriocustodioenes.blogspot.pt/

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