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Sete perguntas a Leunam

Sete perguntas a Leunam

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PARA os mais próximos é o Manel e para os mais afastados é o Manuel ou o Santos, mas o que ele prefere é que o tratem por Leunam. Gosta de ler e desenhar a realidade ao contrário. Assim o dizem e demonstram os cartoons e ilustrações que vem dando à estampa nos vários jornais e revistas com quem tem vindo a colaborar nos concelhos de Valongo e do Porto. E para quem deseja a Lua e ignora a moeda que está caída aos seus pés, como afirma, nada melhor do que exercer a profissão de técnico de carga aérea. Não pode é trabalhar com os olhos fechados em êxtase.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
26 de Julho de 1962, Massarelos, Porto.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Valongo.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?
Escola Primária Campo 24 Agosto (Bonfim), Escola Ramalho Ortigão, Escola Preparatória Dom Martins Peres, Escola Secundária de Valongo e Liceu Rainha Santa Isabel.

4 – Formação académica?
Não tenho.

5 – Atividade profissional?
Técnico de Carga Aérea.

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?
A minha viagem para Valongo influenciou-me por várias razões: ainda muito novo, fiz a minha primeira exposição colectiva na Junta de freguesia com a presença de Mário Gandra, talvez a primeira exposição artística do concelho onde o público perguntava se era preciso pagar bilhete para entrar. Esta primeira exposição valeu-me a primeira crítica publicada no jornal O Primeiro de Janeiro. Voltei a expor nas mostras colectivas, organizadas pela Camara Municipal em Valongo e Ermesinde, mais tarde, na discoteca Vale apresentei a minha primeira instalação.

Publiquei o meu primeiro cartoon n´ O Valongo a que se seguiram Correio do Douro, O Campo, O Comércio do Porto, Desalinhas e Tribuna do Douro. Actualmente, publico o cartoon, RAIO X na revista APAT.

A minha passagem pelo extinto jornal O Comércio do Porto, a convite do jornalista Bernardino Barros, proporcionou-me a experiência da publicação diária do Comic Strip Bola Parada, aquando da realização do Euro 2004 em Portugal.

Como fazedor de imagens ando à procura de um “esconderijo” de forma intensa e emocional, tenho os olhos fechados em êxtase. Sonho com “A Lua e Cinco Tostões” de Somerset Maugham.

“As pessoas dizem-me que é um bom título, mas que não sabem o que quer dizer. Quer dizer isto: desejar a Lua e ignorar a moeda que está caída aos nossos pés.” disse Somerset Maugham, a propósito deste seu livro.

“Maugham foi o escritor moderno que mais me influenciou” afirmou George Orwell.

Falta-me a inspiração de um grande curso de água natural, que não o Douro e que me queira no seu trajecto.

7 – Endereço na web/blogosfera para a podermos seguir?
www.leunam.eu
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Publicado originalmente em 30 de Março de 2013

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4 COMENTÁRIOS

  1. Trabalhar profissionalmente e, ainda, fazer os trabalhos maravilhosos que faz não é fácil pelo que mais valor deverá ser dado ao seu trabalho. Deve continuar. Ficaremos todos a aguardar por novos trabalhos e exposições, atentamente.

  2. Ao Manuel Santos

    Conheço o manueL (a maiuscula no fim foi propositada ‘para ver a realidade ao contrário’) em especial na sua faceta profissional pois lidei com ele desde o inicio da sua actividade na Carga Aérea – já lá vão talvez 2 dezenas d’anos – no aeroporto do Porto. A relação de proximidade foi acontecendo naturalmente por via da colaboração estreita entre as empresas que ambos representàvamos. Habituei-me a apreciar a sua piada fina e oportuna, cheia de significado, com intenção, sempre bem direccionada. Aquilo que podemos considerar’tiro na mouche’!
    Conheci-lhe a sua faceta pelas ilustrações que mostrava de quando em vez sempre que surgia oportunidade para tal; notava-se-lhe o sorriso no olhar sempre que as apresentava – e explicava – o sentido para onde direccionava os seus ‘cartoons’.

    Muito sinceramente tenho um prazer imenso em fazer parte da sua lista de amigos. É homem bom, simples, honesto,íntegro, com um caracter sem mácula, cujo trabalho artístico merece ser apreciado e parabenizado.

    Ao Manuel Santos, Leunam ou Santos como eu o tratava, desejo o maior sucesso. Deixo-lhe aqui um forte abraço de parabéns pelos ‘cartoons’ com que nos vem presentiando e….continue na mesma senda.

    Do amigo e admirador

    Manuel Alves de Sousa

  3. Falar de Leunam é complicado; as pessoas simples, tal como as coisas simples, pela sua natureza, são difíceis de explicar.
    Gosta-se ou não se gosta. No caso do Leunam gosta-se porque se gosta.
    Mensalmente, tenho o privilégio de trocar ideias com alguém que é o meu contrário – na calma, na paciência, no dom do traço.
    Faço uns gatafunhos num guardanapo de papel enquanto vou desenvolvendo uma ideia e o seu sorriso é de tolerância perante a minha total inabilidade. Mas é também um sorriso de “já percebi”. A ideia começa a crescer enquanto umas boas gargalhadas indicam que estamos no caminho certo.
    E quando o seu sorriso franco e aberto sela a conversa, nasceu um cartoon que irá enriquecer mais uma edição da Revista APAT.

  4. Pois para mim ele´etudo, Manel, Manuel e Santos. Um amigo de longa data na carga aérea, que extravasou para a sua arte e que proporcionou dar a conhecer a sua faceta de bom artista na arte da ilustração e do cartoon. No Comércio do Porto (extinto e saudoso jornal diário) e mais tarde na revista Tribuna Douro, pode o Leunam enriquecer as páginas das duas publicações com o seu imenso talento. Foi óptimo e quem sabe Manel se dentro de pouco tempo o telefone não toca e eu te desafio para mais uma sessão de “desenhos”.

    Abraço grande
    BB

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