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Sete perguntas a Manuela São Simão

Sete perguntas a Manuela São Simão

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NASCEU do outro lado do Atlântico e aqui se formou. Habituada a romper com as fronteiras físicas, neste momento tem um pé cá e outro lá (Londres). Nos últimos anos, em belas artes, topou que o território assume formas abstractas orgânicas. Antes que se desorientasse entre aquelas pôs-se a desenhar mapas mentais. E assim descobriu um terreno fértil para se instalar. Não a percam na Galeria Extéril.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
Eu nasci dia 8 de Outubro de 1980 na cidade de São Paulo, no Brasil.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Estou a residir desde Fevereiro deste ano na Inglaterra (Londres), mas quase sempre estudei e trabalhei no Porto onde regresso com frequência, aliás estou agora a fazer uma exposição cá numa Galeria do circuito Alternativo.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

4 – Formação académica?
Licenciatura (pré-Bolonha) em Artes Plásticas – Pintura.

5 – Atividade profissional?
Artista visual, ilustradora, freelancer.

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia a sua atividade por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?
Desde os últimos anos nas belas artes que me venho a interessar pela exploração de formas abstractas orgânicas que entendo como territoriais. A apropriação que assumi na altura, usando mesmo pequenos mapas locais e plantas a partir das quais desenvolvia os meus projectos, inspiravam-me numa espécie de mapa mental.

No último ano da faculdade, faço uma passagem pela National Academy of Art de Sofia (Bulgária), onde a mudança brusca de território e o confronto com países de leste de territórios e mentalidades bastante fechadas (pré-adesão à União Europeia) inspiraram-me um trabalho visual e conceptual que até hoje me leva às fronteiras físicas e limites territoriais e sua relação com as fronteiras psicológicas – séries: “Boundaries_Espaço-Caixa”, “Fronteiras e Enquandramentos”, “Boxed Cities”, “Invóluvros”, “Handle With Love”, etc.

Recentemente e por coincidência a partir de Londres que fica numa ilha, comecei a trabalhar na série “no man is an island”.

We all have Boundaries, but “no man is an island” – é uma frase minha que surge durante a performance que apresentei a 26 de Maio na Galeria Extéril no Porto. Desta vez já não me apropriei de mapas mas antes da metáfora irresistível do John Donne e mesmo do seu poema completo em torno do qual crio uma série de desenhos e uma instalação de título “sharing”.

7 – Endereço na blogosfera para a podermos seguir?
Podem seguir o meu trabalho e comentá-lo no meu Blogfólio: http://manuelasaosimao-projects.blogspot.com

Publicado originalmente em 1 de novembro de 2012

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