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Sete perguntas a Marco Mendes

Sete perguntas a Marco Mendes

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MARCO Mendes nasceu em Coimbra, cresceu na Figueira da Foz e vive agora no Porto. Foi a Escola Artística de Soares dos Reis que o atraiu para estes lados e lhe permitiu entrar em Belas Artes. Hoje divide a sua atividade profissional entre o ensino universitário e as áreas da ilustração, artes plásticas e banda desenhada, enquanto freelancer. O Porto está muito presente nas suas obras. Diz que é uma cidade muito particular, onde quase sente que vive na aldeia. As cenas dos últimos capítulos deste lugar e destas gentes podem ser vistas na sua novela gráfica: Zombie.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

Nasci a 3 de Outubro de 1978 em Coimbra, Sé Nova, mas cresci na Figueira da Foz.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Agora vivo na Rua Gonçalo Cristóvão, frente ao Silo Auto, no Porto.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?

Vim para o Porto em 1994, estudar para a Soares dos Reis, onde fiz o 11º e 12º ano. Depois entrei nas Belas Artes no curso de Design de Comunicação (artes gráficas), que concluí em 2002.

4 – Habilitações literárias?

Sou licenciado e desisti já de dois doutoramentos, um nas Belas Artes de Pontevedra, em que ainda fiz o equivalente a um mestrado (embora cá nunca tenha pedido equivalência) e outro nas Belas Artes do Porto. Digamos que a investigação académica na área das artes interessa-me muito menos que o acto criativo em si…

5 – Atividade profissional?

Sou professor de Desenho na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, e no curso de Design da Universidade de Aveiro. Trabalho também como freelancer nas áreas da ilustração, artes plásticas e banda desenhada.

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?

Tendo o meu trabalho enquanto autor de banda desenhada muitas referências autobiográficas, é natural que o meio em que habito seja representado de múltiplas maneiras. O Porto está muito presente nos meus livros, assim como a Figueira da Foz, onde me desloco regularmente para visitar a família. Os lugares onde decorre a acção dos meus livros têm para mim um peso e uma aura que se prendem com as vivências passadas, para além do seu carácter mais intrínseco. O Porto é uma cidade muito particular, onde quase sinto que vivo na aldeia. Os laços afectivos, as redes sociais, a forma como aqui se vive criam um forte sentimento de pertença. A um grupo, a uma comunidade que no meu caso está muito ligada às artes, ao espectáculo, etc. O Porto é também uma cidade escura, rude, de terreno acidentado, ruas estreitas, de contrastes violentos entre o novo e o antigo, caótica. Chove muito e os invernos são rigorosos. Existem as ilhas, a vida de bairro, que ocupa mesmo o centro da cidade. Tudo isto e muito mais, certamente, tem a sua influência no espírito das pessoas, que aqui têm fama de serem duras, frontais, trabalhadoras, honestas, sinceras e claro, muito mais asneirentas que no resto do país. Para mim a gente do Porto assemelha-se muito mais aos galegos, que aos portugueses do sul, na sua cultura e no seu trato. Pessoalmente identifico-me bastante.

7 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

http://diariorasgado.blogspot.pt/
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