PEDRO Sinde nasceu no Porto e aqui se tornou filósofo. Quem sabe se influenciado pelo pensamento de outros filósofos portuenses, como sejam Leonardo Coimbra ou Sampaio Bruno?! Ou quem sabe, afinal, se não foi o ambiente granítico e o nevoeiro da cidade que já haviam inspirado aqueles a criar o movimento filosófico denominado Escola do Porto, que acabariam, desta vez, por sugestioná-lo para semelhante tipo de reflexão, o mesmo será dizer: bem ancorado na terra, mas, simultaneamente, aberto ao mundo maravilhoso do transcendente?! Quem sabe?!
Por Paulo Moreira Lopes
1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
24 de Março de 1972 | Freguesia da Victória, Porto
2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Matosinhos
3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
4 – Habilitações literárias?
Licenciado em Filosofia
5 – Atividade profissional?
Bibliotecário
6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho artístico/literário/profissional por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?
O ambiente granítico inspira-nos a solidez da base, os pés assentes na terra; o nevoeiro ou a neblina das manhãs do Porto inspiram o mundo do sonho, os olhos postos no céu. Entre uma e outra, nasce uma filosofia simultaneamente bem ancorada na terra, no imanente, e aberta ao mundo maravilhoso do transcendente, a infinitude do céu. Percebe-se bem que o Porto seja, pois, uma cidade de pontes. É isso que sentimos na Escola da Filosofia Portuguesa, que, não por acaso, nasceu justamente no Porto, terra em que se encontram, sem contradição, a liberdade de pensamento e a defesa da tradição. Seria impossível não ser marcado por uma cidade com uma identidade tão forte.
7 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?
Não tenho.
Publicado originalmente em 24 de dezembro de 2013