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Sete perguntas a Saguenail

Sete perguntas a Saguenail

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SAGUENAIL (Serge Abramovici) nasceu em Paris e vive há muitos anos na freguesia do Bonfim, Porto. Foi professor e pratica como amador o cinema e a escrita literária. O lugar onde vive é-lhe indiferente, mas não deixa de condicionar tanto o pensamento como a criação. Encontrou no Porto um sítio onde acha que se pode viver e trabalhar mais agradavelmente e pacificamente do que em muitas metrópoles. Por ser um lugar contraditório, confessa que passou parte da vida a filmar o Porto a fim de tentar entender a cidade.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

Uma pessoa – o seu «eu» – morre e renasce várias vezes no decorrer da sua vida. Assim daria como datas aproximativas: 1955 (não me lembro mas contaram-me), 1968, 1970 – todas em Paris –, 1975 – no Porto –, 2004 – em Almada –…

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Na rua Anselmo Braamcamp na freguesia do Bonfim, Porto

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?

Universidade do Minho, Universidade do Porto, ESMAE, ESAP – sempre como docente –.

4 – Formação académica?

Doutoramento pela Université de Provence.

5 – Atividade profissional?

Docência (todas as outras actividades, cinematográficas ou literárias, foram exercidas enquanto amador e produzidas sem apoios institucionais).

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?

Apesar do lugar onde vivo me ser relativamente indiferente, apesar de Paris ser uma cidade de que conheço os recantos e de que gosto – que já quis filmar mas nunca cheguei a fazê-lo –, encontrei no Porto um sítio onde acho que se pode viver e trabalhar mais agradavelmente e pacificamente do que em muitas metrópoles. Não tem a agressividade nem a arrogância parisiense. Em contrapartida, reina um certo fadismo que se traduz por uma relutância em intervir na vida pública – uma certa passividade e submissão –, por outro lado existe um espírito «heróico» que se traduz por curiosidade e colaboração. Passei parte da minha vida a filmar o Porto a fim de tentar entender a cidade.

7 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

helastre.wordpress.com

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