Tudo o que me impressiona tem reflexo em verso. A poesia é a minha legitimação, a legitimação do meu bem e do meu mal, do júbilo ou do desespero que atravesso, do amor de que sou capaz e daquele que falho.
Cada verso resulta da assimilação de uma lição.
Por mim, estou certo de que a poesia me «salvou» em vários momentos – neste sentido: deu-me força, deu-me coragem e argumentos para essa coragem, mesmo quando eu me julgava farto de tudo, incluindo da própria poesia.
Nota biográfica: Terá nascido em 1973, no Porto, o que talvez faça dele português portuense, mas não é certo. Licenciou-se vagamente em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade do Porto. Foi imperceptível mas fervorosamente, jornalista de “O Comercio do Porto”, antes de se ter mudado, de armas e bagagens, para parte incerta no estrangeiro, onde incertamente trabalha. Escreve sem pensar nisso, mas pensa muito depois de escrever. Feitas as contas, é poeta e mais nada.
Publicado in http://nunorochamorais.blogspot.com