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Choupo

Choupo

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É uma árvore generosa, enche-se de frutos em pleno Verão, Frutos de choupo! Sim, leves frutos: sombra, Esses frutos até as pedras geram! Não existem sombras iguais. A sombra do pinheiro é tépida; a do eucalipto fugidia e árida; fúnebre, a do cedro. A do choupo é única, como se fosse água doce, No vidoeiro também é assim, Não, não é. As sua folhas espalham rebeldia., Então, o choupo liberta uma sombra beneditina, como a dos claustros dos monges despojados.

Francisco Duarte Mangas in A fenda no cavalo, Editorial Teorema, janeiro de 1999, pág. 138

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