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Chuva

Chuva

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7.
A chuva bate na cabeça e nas orelhas, fere como bagos de uvas verdes.

Francisco Duarte Mangas in A fenda no cavalo, Editorial Teorema, janeiro de 1999, pág. 88

6.
A chuva, velha bailarina bêbada, delira na ventania.

Francisco Duarte Mangas in A morte do Dali, Editorial Teorema, janeiro de 2001, pág. 116

5.
os cascos da chuva, grossa, tamborilam na chapa do automóvel.
Chuva intensa, de redonda teimosia, torna-se sebe ao rompimento da manhã.

Por Francisco Duarte Mangas in Jacarandá, Teodolito, 2015, página 179

4.
o que sei da palavra chuva
é um rio de carícias no cabelo.

Por João Manuel Ribeiro in Palavras-chave, Trinta Por Uma linha, março de 2017, Porto.

3.
a chuva miudinha, pequeninos cristais, ilumina-lhe o xaile

Por Francisco Duarte Mangas in A rapariga dos lábios azuis, Quetzal Editores, 2011, página 34.

2.
A bem dizer, não chove: o céu derrete-se.

Por Raul Brandão, in Os Pescadores, Estante Editora, 2.ª edição, agosto de 2010, página 73

1.
Pranto copioso (às vezes a tristeza parece infinda).

Por João Pedro Mésseder e Francisco Duarte Mangas, in Breviário da Água, Editorial Caminho, 2004, página 57.

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