Ela meneia-se através da poeira
onde não há peixes a sorrir
Nas suas asas carrega
a agitação da água
Desajeitada
meneia-se lentamente
A cana pensativa
apanhá-la-á de qualquer modo
Nunca
mas nunca será ela capaz
de andar
da mesma forma que foi capaz
de sulcar os espelhos
tradução de Jorge Sousa Braga in Animal Animal, Assírio & Alvim, fevereiro 2005, página 133