7.
O poema principia no fim.
Por Luís Veiga Leitão, in A bicicleta e outros poemas, Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, página 61.
6.
É uma espécie de prurido
nas nossas costas, coisa
irritante e passageira
que logo se esquece.
Por Inês Lourenço, in Câmara escura, um antologia, Língua morta, 2012, página 33.
5.
Nasce
para a mudez, mas
como a música, respira
por sons.
Por Inês Lourenço, in Câmara escura, um antologia, Língua morta, 2012, página 34.
4.
O coração do poema é a magnólia ao vento.
Por Daniel Faria, in Poesia, Edições Quasi, Novembro de 2003, página 332.
3.
A palavra despe-se
O silêncio despe-se
Nus
Os sexos ardem
Os seios da palavra
Os músculos do silêncio
O silêncio
E a palavra
O poeta
E o poema
Por Daniel Faria, in Poesia, Edições Quasi, Novembro de 2003, página 386.
2.
Vai pois, poema, procura
a voz literal
que desocultamente fala
sob tanta literatura. …
Por Manuel António Pina, in Todas as Palavras poesia reunida, Assírio & Alvim, Arte poética, página 309.
1.
o poema é
ora um tumor de alegria
ora a cicatriz de dor continuada
Por João Manuel Ribeiro in A circulação precoce dos relâmpagos, Cosmorama Edições, 2007, página 9.