1.
Rios – alegria móvel da Terra
abrindo bocas nos fraguedos nus.

Por Luís Veiga Leitão, in A bicicleta e outros poemas, Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, página 55.

2.
Clara marcha de vozes contra a guerra
podre de mortos.

Por Luís Veiga Leitão, in A bicicleta e outros poemas, Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, página 55.

3.
No Outono, os rios
são mais iguais a nós,

perdem a doçura do corpo,
ao aproximarem-se da foz.

Por César Augusto Romão, in Tanto ar, Propagare, 2009, página 16.

4.
Filho mais doce da natureza.

Por João Pedro Mésseder e Francisco Duarte Mangas, in Breviário da Água, Editorial Caminho, 2004, página 65.

5.
Água que ri
sem se dar conta.

Por João Pedro Mésseder, in Elucidário de Youkali seguido de Ordem Alfabética, Editorial Caminho, janeiro de 2006, página 53.

6.
atas-me a um rio
corrente, leito dúctil
de um ombro.

Por Óscar Possacos, in Cantaria, Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, julho de 2014, página 15.

7.
O rio é um enorme espelho
nele se reflectem os exaustos tendões
das pontes.

Por José Soares Martins, in Ménage à troi, Alquimia, Cordão de Leitura, 2011, página 122.

8.
De pedra em pedra o rio não salta para fora
Da corrente.

Por Daniel Faria, in Poesia, Explicações das árvores e de outros animais, Edições Quasi, 1.ª edição, Novembro de 2003, página 318.

9.
Impossível guardar o rio
que desagua
na nossa infância

Por João Pedro Mésseder e Francisco Duarte Mangas, in Breviário da Água, Editorial Caminho, 2004, página 33.

10.
É tão difícil guardar um rio
quando ele corre
dentro de nós

Por Jorge Sousa Braga, in O poeta nu [poesia reunida], O guarda-rios, Assírio & Alvim, 2.ª edição, abril de 2014, página 103.