1.
Um homem com barba gosta de dar tempo ao tempo.
2.
O pó que limpamos em casa são os restos mortais do tempo que vive connosco.
3.
Debaixo do chuveiro sentimos o tempo a passar.
4.
Saramago poupava nos parágrafos para ter tempo para namorar.
5.
Quando está a chover ouvimos o tempo passar.
6.
O trabalho temporário é um roubo.[1]
[1] A estrutura desta sentença é semelhante à greguería de Ramón: O mel é um roubo. in Greguerías, seleção e tradução de Jorge Silva Melo, 1.ª edição, Assírio & Alvim, 1998, página 106.
7.
Não há tempo para ser infeliz.
8.
Houve um tempo em que a poesia evolava.
9.
Debaixo do guarda-chuva os namorados abrigam-se do tempo.
10.
Se não pode entrar em nossa casa, o tempo põe-se a chorar na vidraça.
11.
O tempo gosta muito de brincar com a cadeira de plástico que está no terraço.
12.
Elisabete II: tanto tempo para viver e tão pouco para morrer.
13.
Estamos sempre a tempo de morrer.
PML