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Albina Silva (1939)

Albina Silva (1939)

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ALBINA Moreira Dias da Silva nasceu em 1939, em Amorim, Póvoa de Varzim. É casada com Jorge Silva e tem duas filhas e um filho. Fez a quarta classe na escola das Sencadas. Numa vida de trabalho só conheceu a agricultar e, a partir dos 15 anos, a alta-costura, profissão que exerceu até se aposentar, primeiro como empregada e depois por conta própria.

As mesmas mãos que trabalhavam a moda criaram poemas para dois livros e várias antologias: “Quando andava na escola gostava muito de ler poemas. Comecei a escrever umas quadras, mas o tempo foi guardando a poeta. Tudo se transformou quando os meus filhos foram para a escola e começaram a pedir-me para escrever poemas. Um dia participei num concurso da Rádio Renascença e o meu poema, sobre o Natal, foi um dos premiados entre mais de três mil enviados. Isso motivou-me a continuar a escrever. Quando abriu a Rádio Onda Viva, comecei a enviar poemas para o programa ‘Póvoa Ontem e Hoje’, que era feito pelo Xavier Flores e pela Helena Nunes. Depois comecei a ser convidada para ir todos os sábados dizer a minha poesia. A partir daí fui escrevendo e participando em saraus poéticos, onde digo a minha poesia da forma que a sinto. Nos concursos de quadras alusivas ao S. Pedro já ganhei vários primeiros prémios. Publiquei dois livros”.

Na memória de Albina Dias habita uma infância feliz passada na casa dos avós, onde nasceu. “A minha avó paterna era filha de lavradores abastados e o meu avô, Manuel Dias, era um inventor. A freguesia de Amorim atribuiu-lhe o nome de uma rua. As primeiras debulhadoras de milho, trigo e centeio foram criadas por ele. O meu avô tinha uma oficina de serralharia e carpintaria, onde criava as suas máquinas e motores. Ainda não tínhamos luz em casa mas ele inventava, manipulava e adaptava todo tipo de motores, a petróleo, às máquinas que criava”.

Albina dias recorda que “nós tínhamos uma grande eira onde os lavradores vizinhos malhavam o milho e outros cereais. Quando o meu avô inventou as debulhadoras, os lavradores de Amorim, freguesias vizinhas e até de Vila do Conde, vinham marcar as datas para levar a máquina, num carro de bois, para as suas casas. A máquina andava de lavrador em lavrador, mas eram os empregados do meu avô que a manobravam”.

Por José Peixoto. Leia a notícia na íntegra na edição impressa da A VOZ DA PÓVOA.

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