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Ana Cristina Coelho, 29 anos

Ana Cristina Coelho, 29 anos

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AINDA não completou 30 anos, mas já tem um curriculum académico de fazer inveja. Ana Cristina Coelho é investigadora do Departamento de Biologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e venceu recentemente o “The Swiss Continence Foundation Award 2015”.

Não é, todavia, a primeira vez que esta jovem cientista é distinguida. Em 2014, recebeu um “Prémio Grünenthal Dor”, na área de investigação básica, que se veio juntar às distinções da American Urological Association e da European Association of Urology.

Ana Cristina Coelho concluiu a licenciatura e o mestrado em Biologia na Faculdade de Ciências da U.Porto, mas foi na FMUP que veio a desenvolver o seu trabalho de doutoramento na área das Neurociências.

Dedicada especialmente à Neuro-Urologia, participou em quatro projetos científicos, nacionais e internacionais e subscreveu cerca de uma dezena de artigos científicos publicados em revistas internacionais, três dos quais na reputada revista científicaEuropean Urology.

Naturalidade?

Maia.

Idade?

29 anos.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Da diversidade de opções disponíveis para estudantes quer de pré como de pós-graduação. Do facto de se produzir tão boa ciência e do facto de ter vindo a ganhar cada vez mais reconhecimento dentro e fora do nosso país, mesmo com os orçamentos cada vez mais reduzidos a que tem vindo a ser sujeita.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Da falta de apoio à investigação e aos investigadores. Do conservadorismo.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Promover a cooperação entre as diversas faculdades. Promover a investigação científica financiando projetos de investigação de interesse. Possibilitar a contratação de investigadores de forma a evitar a interrupção de projetos em curso por falta de salários.

– Como prefere passar os tempos livres?

A conviver com amigos ou família. A fazer desporto. A dar um bocadinho de mim aos outros como socorrista voluntária na Cruz Vermelha.

– Um livro preferido?

Vários do Dan Brown.

– Um disco/músico preferido?

É difícil escolher apenas um. Gosto muito de ouvir Coldplay, Greenday, Silence 4 e Diana Krall.

– Um prato preferido?

Como boa portuense, uma francesinha. Mas também gosto imenso de rojões à minhota.

– Um filme preferido?

“Armageddon” (1998), de Michael Bay.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Uma “road-trip” pelo Sul da Europa.

– Um objetivo de vida?

Apesar do cliché, o meu objetivo é ser feliz, viver um dia de cada vez e aprender sempre mais por cada lugar por onde passar.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

Em primeiro lugar os meus pais que me transmitiram os valores que trago como base para a vida e que me fazem ambicionar ser sempre uma pessoa melhor. Logo de seguida todas as pessoas com quem me cruzei pelos vários lugares por onde passei até ao momento e que de alguma forma me inspiram a continuar.

– O que falta fazer pela Investigação em Portugal?

Faltam mais fontes de financiamento. Falta eliminar a precariedade das condições de trabalho a que os investigadores estão sujeitos. São necessários contratos de trabalho. Falta divulgar a ciência e a inovação feitas em Portugal ao público em geral.

– Que significado atribui à distinção da Swiss Continence Foundation?

Esta distinção premeia o mérito de uma equipa de investigadores que mesmo após o corte dramático de financiamento que sofreram conseguiram manter a qualidade de trabalho que os caracteriza. É um orgulho para mim ver este trabalho reconhecido.

Por Olga Magalhães publicado in http://noticias.up.pt/

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