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António Estevão Rodrigues Cunha Abreu (1933)

António Estevão Rodrigues Cunha Abreu (1933)

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ANTÓNIO Estevão Rodrigues Cunha Abreu nasceu em 1933, em Pevidém, Guimarães. Fez a 3ª classe e veio estudar para o Colégio Dom Nuno na Póvoa de Varzim, onde fazia praia com a família. “Os meus pais tinham uma empresa têxtil e resolveram pôr-me no Colégio como aluno interno. Depois frequentei a Escola Comercial, actual esquadra da polícia, mas continuei hospedado no colégio”.

E recorda: “fui um menino mimado. Aos 15 anos já pegava num Austin da empresa e dava umas voltas por Pevidém, Taipas e Guimarães. Evitava passar em frente ao posto da polícia mas às vezes esquecia-me. Eles sabiam de quem eu era filho e apareceram na fábrica. Acabaram por levar uns tecidos e continuaram a fechar os olhos. Aos 18 anos tirei a carta no Porto. Tive que fazer exame de mecânica, código e condução. Tínhamos que saber os nomes das peças do motor e qual a sua função”.

Em 1957, António Abreu decidiu partilhar a vida com a poveira Maria José Carvalho, mãe dos seus 9 filhos. “Ela estudava no Colégio do Coração de Jesus e tinha umas horas livres para passear. Conhecemo-nos e, um tempo depois, começamos a namoriscar. O amor deu em casamento e fomos viver para Pevidém, mas seis meses depois o meu sogro faleceu. Como a minha sogra tinha uma casa na Rua do Século, viemos morar para a Póvoa”.

De vendedor até empregado de escritório, António Abreu trabalhou por conta própria e foi empregado. “Ainda solteiro recusei um convite para ir trabalhar para Angola, na empresa têxtil Fomento Algodoeira. Tinha carta de chamada, passagens e alojamento, mas preferi ficar cá a comprava e vender têxteis. Corria as terras do norte todas. Mas casadinho de fresco, não me apetecia estar longe da mulher. Como a minha família conhecia gente importante, arranjaram-me um emprego na Sacor em Matosinhos, (Galp). Só que o ordenado não era grande coisa e desisti contra vontade da família. Era a segunda vez que o fazia. Acabei por me empregar no Porto, como vendedor numa multinacional americana com várias representações e ligada aos pneus Goodyear. Vendia desde acessórios de automóveis, electrodomésticos e carros que não precisavam de carta de condução. Isto nos finais dos anos de 1950. Voltei a percorrer as vilas e cidades do Minho e Alto Douro, mas o ordenado e as percentagens compensavam”.

Por José Peixoto. Leia a notícia na íntegra na edição impressa da A VOZ DA PÓVOA

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