É VERÃO! Tempo para explorar novos territórios. Seguimos uma rota alternativa. Vaut le voyage! Pelo menos é esse o tom oficial do conselho Michelin. O carro possibilitou a muitas pessoas a total liberdade para explorar e apreciar o seu país, o seu território e muito mais. De repente era possível viajar para destinos longínquos, visitar familiares distantes, trocar ideias e produtos de outras cidades. Há muito tempo, a Michelin começou a publicar mapas rodoviários como uma extensão dos seus serviços.
Ao longo de várias décadas, o ‘mapa Michelin’ tornou-se uma credível fonte de orientação para muitas pessoas. Uma referência para mapas equivalentes. Foi mapeada a informação prática e necessária para planear e decidir a melhor rota e consequentes paragens de serviço, como também eram indicadas a informação cultural e as rotas mais atrativas. Estradas verdes indicam onde se pode percorrer paisagens únicas e encantadoras. Mapas urbanos informavam os mais importantes espaços a visitar: catedrais, museus e monumentos, praças principais e parques urbanos.
Em poucos anos, o mapa Michelin e os seus guias turísticos transformaram-se. De um serviço para um público de elite passou a servir todos. A expressão visual também se alterou. A informação do mapa evoluiu à medida que o sistema rodoviário se expandiu pela França e outros países. Auto-estradas e outras tipologias de estradas foram incluídas. A capa também mudou. Sabia que o nosso querido Bibendum – a mascote da Michelin – chegou a fumar? A imagem Michelin foi-se adaptando às tendências da sociedade.
Hoje, vários mapas rodoviários são digitais e estão disponíveis online, incluindo o mapa Michelin. Frequentemente são mapas gratuitos e de domínio público. O acesso ao mapa é ‘garantido’, atualizando e incluindo informação adicional sobre o trânsito, custos de portagens e locais em construção. De certo modo, a liberdade do Bidendum está ainda connosco, nos nossos smartphones, tablets e carros.
Paralelamente, a versão impressa ainda existe. Ainda que hoje seja difícil encontrar um carro na beira da estrada com pessoas a olhar para um mapa analógico, a discutir qual o caminho a seguir… perguntando-se a eles e outros: onde é que estamos? ‘Perdidos em …’, também isto é Liberdade!
Bibendum, our guide of territorial freedom
IT is summertime! Time to explore new territories. Let´s make an extra detour. It is worth a day trip! At least that is the official sound of Michelin’s advice. Once, the car gave many people the ultimate freedom to explore and enjoy their county, their territory and beyond. Suddenly it was possible to travel to far destinations, to easily visit relatives in other places, to exchange ideas and goods in other cities. Long time ago Michelin started to publish road maps as an extended service to its customers.
For many decades, the ´Michelin map´ became a reliable source for the mass. A reference for other road maps. Not only practical and necessary information was mapped to plan the best journey and to decide the right rest stops, but also cultural information and attractive routes were indicated. Green roads were telling us were we could experience beautiful and unique natural landscapes. City maps gave us information about the most important places to visit, such as: cathedrals, museums and monuments, major squares and urban parks.
In years, the Michelin map, together with the touristic guide, went through a metamorphose, from serving an elite to the general public. Also its visual graphical expression changed. The information of the map did evolve as the network of roads expanded across France and other countries. Motorways and other new road types were included in the maps. Also, the cover changed. Did you knew that our lovely Bibendum – the mascot of Michelin – once smoked? The Michelin look adapted according to society’s trends.
Today, many road maps are digital and available online, including the Michelin map. Often these maps are free and open source. Map accessibility is ´guaranteed´, updated and provided with additional information about traffic, toll costs and construction activities. The freedom of Bidendum is still with us, in our smartphones, tablets and car electronica.
In parallel, the printed Michelin still exists. Although nowadays it is probably difficult to find a stopped car along the road with people looking to an analogue map discussing which way to go … asking themselves and others: where are we? ´Lost in ..´, that is also freedom.
SOBRE O AUTOR: Daniel Casas-Valle (Utrecht, 1973) é urbanista, investigador e cidadão do Porto. Atualmente está ligado ao Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto), onde elaborou seu doutoramento. Também desenvolve prática em urbanismo na Urban Dynamics (www.urbandynamics.info)