DESCOBRIMOS que Eduardo Faria, 46 anos, é um atento espectador do pôr-do-sol no mar poveiro. Nas últimas semanas do ano passado, o actor responsável pelo Varazim Teatro fez alguns registos fantásticos desse momento em que o sol se despede da terra e parece mergulhar no mar. A nossa reportagem esteve à conversa com este amante da fotografia que sublinha não ser nem nunca ter sido fotógrafo.
“Desde muito novo que aprecio fotografia e esse gosto acentuou-se no último ano. Foi-me diagnosticado um problema cardíaco e como forma de avaliar a minha resistência física fui aconselhado a fazer grandes caminhadas. Como gosto sempre de ter um objectivo, decidi fazer registos fotográficos ao longo dessas caminhadas. Com máquina digital ou simplesmente com o telemóvel, tenho registado e publicado no Facebook vários momentos estéticos, plásticos, históricos ou sociais em várias zonas da cidade e das freguesias do município poveiro. A praia e o parque da cidade são dois locais de excelência para disfrutar e captar boas imagens”, explicou Eduardo Faria.
Quanto ao facto de trabalhar as fotos, Eduardo Faria tem uma opinião lógica: “as fotos sempre foram trabalhadas. Há uma diferença muito grande entre fazer fotografia e tirar fotografia. Quem faz fotografias acaba por as trabalhar a nível da luminosidade e abertura. Esse trabalho tem de ser reforçado quando captamos imagens como a do pôr-do-sol. Seguindo o princípio de que arte é criar, está explicada a minha visão deste particular”.
Dos vários registos que tem feito, há muitos especiais, senão mesmo todos. Mas a foto captada a partir da cividade de Terroso está no topo das preferências de Eduardo Faria: “estava sol na cividade e muita névoa na Póvoa. A luz era quase impossível mas consegui fotografar uma imagem com cor, tonalidade que parece ser trabalhada. É também uma visão diferente do ângulo em que habitualmente vemos a cidade”.
Eduardo Faria tem partilhado as fotografias no Facebook e explicou-nos porque o faz: “através das imagens tenho divulgado a cidade por esse Mundo fora. Sem recurso a grandes meios, faço esta promoção da minha terra. Com uma frente de mar fantástica, a Póvoa tem um pôr-do-sol invulgarmente belo e que pode ser a sua imagem de marca. Os comentários têm sido muito positivos. Este meu passatempo terapêutico vai durar pelo tempo que as pessoas gostarem e pelo prazer que me dá. Em cima da mesa está também uma colaboração no “A Voz da Póvoa”, que terá início brevemente”.
Publicado in A VOZ DA PÓVOA