NASCI no ano de 1984, como tantas outras crianças tive uma infância feliz, cresci numa família humilde nunca me faltando nada, nem mesmo umas palmadas na hora certa…
Cresci… Num abrir e fechar de olhos dava por mim a ser notificado para inspecção a fim de integrar as forças armadas Portuguesas, nada que me fizesse ter receio, sempre quis fazer parte do leque de homens e mulheres que serviram a pátria, estava longe de imaginar o quanto gratificante me iria ser pertencer às forças armadas.
Mediante um conjunto de testes integrei o corpo de tropas paraquedistas no dia três de maio de dois mil e dois, tendo iniciado a recruta na agora Escola de Tropas Paraquedistas sita em Tancos. Decorridas varias semanas de recruta jurei bandeira, um dos momentos mais marcantes da minha vida, não será certamente melhor nem pior que qualquer outra tropa especial, mas certamente é diferente. Para que tenham ideia, após jurar bandeira cada militar em desfile na parada beija a bandeira nacional, nenhuma outra força executa este ato.
Após o juramento de bandeira iniciei o curso de pára-quedismo militar. Neste momento dos 180 recrutas restavam 100. Numa “caminhada” de dois meses conclui o curso de pára-quedismo com grande mérito, tendo sido distinguido como militar que melhor classificação obteve no que respeita à classificação de tiro, numa escala de 0-20 obtive a classificação final de 19.64 valores.
Realizado o curso de pára-quedismo, chegara a hora de executar o que se aprendeu ao longo de varias semanas, chegara a hora “D”. Duas semanas para que os treinos intensos do curso de pára-quedismo se demostra-se em salto de paraquedas.
Neste momento, dos 100 militares que integraram o curso apenas restavam 80, falta porem a tao desejada boina verde, o que só seria possível aquando da conclusão com aproveitamento dos saltos de paraquedas a terem lugar no conhecido, arrepiado.
Com muitos nervos e receios eis que surge o primeiro dia de saltos, tenho bem presente na memória que estava um dia de intenso sol, lá do céu chegara o avião em que embarcamos, o famoso Hercules. Naquele momento não existia medo, mas sim muito receio de que algo corresse menos bem, o medo surgiu depois da conclusão do primeiro salto até lá, porque deveria existir o medo. Por mais treino que se tenha não conseguimos atingir esse patamar, apenas com o decorrer dos saltos se atinge o medo, pois começamos a ter a noção do perigo, das quedas, dos hematomas causados pelos saltos aí sim, temos medo do seguinte por sentirmos que pode ser pior que o anterior.
Decorridas as duas semanas de saltos nas aeronaves denominadas de, hércules C 130 e aviocar C 212. Tendo efectuado 5 saltos foi-me empossada a tão desejada Boina Verde. Depois de sangue suor e lagrimas, era finalmente paraquedista e boina verde, pois nem todos os paraquedistas são boina verde…
Mas enganem-se se pensam que o trino militar rígido terminou, não falta ainda muitos meses para que os tempos de tormenta e luta tivessem a sua térmite, faltava ainda a instrução complementar, a designada subespecialidade, a qual foi realizada num período de 3 meses na cidade da figueira da foz, na E.P.S.T (escola pratica de serviços e transportes). Aqui realizei a subespecialidade de condutor.
Ainda como instrução complementar, rumei até à cidade de Santarém nomeadamente à E.P.C (escola pratica de cavalaria), onde durante algumas semanas tive instrução de carros de combate, nomeadamente as vulgarmente conhecidas Chaimites, e as anfíbias Panhard M 11.
Concluída a primeira fase da instrução complementar, rumei novamente a Tancos, escola de tropas paraquedistas tendo como objectivo iniciar a fase final da instrução, o curso de combate. Este curso tinha uma duração de 2 semanas, no entanto as 2 semanas mais difíceis de concluir, pois este curso destinasse a levar aos estremos o corpo humano, vários dias sem comer, poucas horas em que era possível descansar, muitos e muitos quilómetros percorridos apeado com todo o equipamento de combate.
Por fim, após decorridos vários meses, tem o seu termite a fase de “instrução dura combate fácil. No dia 3 de janeiro de 2004 fui destacado para integrar o R.I. 15 (regimento de infantaria nº 15) sito na cidade de Tomar. Aqui fiquei ao serviço do B.S.T (batalhão de apoio e serviços), dando apoio mais diretamente ao 1º batalhão paraquedista, também sediado no R.I. 15, ficando destacado neste quartel até março de 2005.
No dia 4 de março de 2005 rumei novamente a Tancos, no entanto desta vez não à escola de tropas paraquedistas mas sim à designada B.R.R, (brigada de reacção rápida) aqui integrei o 3º batalhão paraquedista, iniciando preparação para missão de paz a decorrer nos Balcãs, mais concretamente no Kosovo.
Decorridos 6 meses de preparação, em 14 de Setembro de 2005 embarquei no voo que me iria levar até Pristina, capital do Kosovo. Por muita informação que tenha adquirido nos meses de preparação nada se compara ao ali presenciado, pois eram inúmeras as habitações destruídas em que ainda existiam habitantes, faltava quase tudo. Mesmo assim era possível verificar alegria nos rostos daqueles povos.
A maior parte das aldeias estavam destruídas, os seus habitantes quando se apercebiam da presença de militares rapidamente se deslocavam para junto de nós. Não, não para que lhe fosse dado algo alimentar ou mesmo monetário, muitas vezes queriam apenas a nossa atenção, pequenos gestos de amizade e convívio.
Entre patrulhas nas várias aldeias em que a nossa missão era de manutenção de paz, repartidas por patrulhamentos junto às fronteiras para controlo de veículos e pessoas que poderiam executar tráfico de armas. Muitos dias a dormir no interior dos veículos blindados em que no período notorno a temperatura baixava até aos-30º. Diversas operações de controlo de pessoas e bens, em que foi possível deter cidadãos que apenas ali estavam para “semear” o medo e pânico junto da população. Depois de patrulhas aéreas realizadas nos céus daquela pequena região denominada de Kosovo, assim passaram 6 meses, tendo regressado a Portugal no dia 14 de março de 2006.
Depois de um período de férias, regressei novamente à vida militar, desta feita fui destacado para integrar o 2º batalhão de infantaria paraquedista sediada no agora R.I. 10 (regimento de infantaria nº 10), na conhecida área militar de S. Jacinto, Aveiro. Aqui fiquei colocado durante 1 ano, executando diversas operações de treino militar.
Tendo concorrido às forças policiais, nomeadamente à Guarda Nacional Republicana, em 2 de maio de 2006, cumpridos 4 anos em funções militares, saí daquele corpo de tropas paraquedistas de que tanto me orgulho.
Em dezembro de 2006 ingressei num corpo especial de tropas, a conhecida GNR. Concluí o curso com excelente média dos 1240 homens e mulheres que ingressaram, obtive uma classificação que me permitiu ficar no lugar 83ª da geral. Mais uma conquista…
Como qualquer pessoa conheci a minha “alma” gémea, namorei 5 anos tendo contraído matrimónio no ano de 2008. Tendo a minha vida relativamente organizada, e tendo obtido uma otima classificação no curso de formação de Guardas, nunca estive destacado muito longe de casa, fez todo o sentido o casamento. Sentia-me um homem realizado.
Tendo estado destacado na cidade de Guimarães, num breve espaço de tempo consegui colocação na minha idade natal Amarante, onde ainda permaneço.
Estando ligado ao desporto em diversas áreas, no ano de 2010 decidi experimentar o ciclismo na vertente do BTT, sempre na parte lúdica da modalidade. Grande asneira a minha…
No fatídico dia 4 de fevereiro de 2011 estando na companhia de amigos, a circular na aldeia de Covelo do Monte – Amarante, numa estrada betuminosa e sem que nada o fizesse prever resvalei para a berma daquela via, a bicicleta embatera numa vala ali existente proveniente das aguas pluviais, e sem ter a noção o meu corpo foi projectado para o solo acabando por cair no interior desse maldito buraco.
E caros leitores, apenas conseguem ter a noção do sucedido pelo facto dos camaradas que estavam comigo me terem elucidado do acontecimento trágico, pois não me recordo absolutamente de nada.
Quando acordara ainda no interior do buraco já não sentia parte do meu corpo, as dores eram tantas e terríveis que rapidamente desmaiava, sempre que voltava daquele sono inexplicável as dores não me deixavam lucido e desmaiava de novo, e assim sucessivamente.
Não sei quanto tempo demorou até chegar ajuda ao local do acidente, mas para mim foram horas e horas de longa espera.
Posso dizer-vos que num dos momentos em que estava acordado em pânico referi a um dos camaradas que ali estava ao meu lado prostrado no chão. “ESTRAGUEI A MINHA VIDA”, frase que não me saiu da memória durante vários e vários dias, meses…
Não tendo a noção do tempo, não conseguindo mexer o meu próprio corpo naquele maldito buraco, apenas me restava esperar pela ajuda médica que tardava a chegar. Na boca apenas sentia o sabor do meu sangue derivado da queda com a face no solo, possivelmente pelo facto de ter fraturado a face lateral direita. Sentia um imenso frio, não conseguia parar de tremer.
Finalmente chegavam as primeiras viaturas de emergência médica, derivado ao meu estado não foi possível retirarem-me de imediato do local do acidente, tinha de ser devidamente mobilizado, o meu estado era muito grave.
Sem ter a noção do espaço temporal, fui colocado no interior do veículo de emergência médica no intuito de ser transportado até ao centro hospitalar Tâmega e Sousa em Penafiel. Os poucos quilómetros desde o local dos factos até que a ambulância pudesse circular em boas condições foi uma eternidade. Devido ao meu estado débil o transporte tinha e ser efectuado com as maiores das precauções, como podem imaginar foram vários minutos de sofrimento até se acabar o baloiçar e trepidação da faixa de rodagem.
Por fim dei entrada no hospital Padre Américo, Penafiel. Nesta unidade de saúde devido ao meu estado não realizaram qualquer intervenção, não tinham os meios adequados á minha condição tendo sido transferido para o hospital de S. João na cidade do Porto. Depois de vários exames realizados, horas de muita angústia e enormes dores fui para o bloco operatório, não tenho a noção de quantas horas foi a intervenção cirúrgica, nunca questionei.
Decorridos poucos dias após o acidente tive a noticia que já esperava ouvir, no entanto nunca se acredita que é real. Estava paraplégico…
Deixei de sentir o meu corpo da zona do peito para baixo, no momento em que recebi a notícia, nem sei bem explicar o que sentira, era um misto de sensações inexplicáveis. Como poderia eu viver assim? Pensava eu, como é possível ter enfrentado diversas situações associados a riscos elevados e não ter acontecido nada de grave, bastou uma bicicleta e fiquei agarrado a uma cadeira o resto da vida.
Muitos pensamentos negativos me assombraram durante vários meses. Mas sempre tive um forte apoio dos que me eram mais queridos, a família os camaradas de armas, os amigos. Todos eles tiveram uma parte fundamental para a minha recuperação, sem nunca esquecer a grande mulher que sempre esteve presente, a minha esposa. Foram meses difíceis para todos.
Após um período de pequena adaptação em 3 hospitais onde estive internado, (S. João, Penafiel, Hospital Militar no Porto) iniciei um novo ciclo da minha curta vida, fui transferido para o Centro de Reabilitação da Região Centro, Rovisco Pais na localidade de Cantanhede – Tocha, distrito de Coimbra. Tudo mudara de rumo, novas etapas para conquistar.
Não sendo pessoa de ficar amargurado esperando que a equipa multidisciplinar que integrava o corpo clinico do centro de reabilitação fizessem “milagres”, meti as mãos à obra e assim recomecei a perceber o meu corpo, foi como se tivesse nascido de novo. Aprender a vestir, saber quais os movimentos possíveis de realizar, até onde poderia ir devido à condição física.
Em muito tenho de agradecer aos excelentes profissionais de saúde que arduamente trabalham para que o utente do centro de reabilitação consiga ser o mais autónomo possível.
Os primeiros meses foram de muito sacrifício, devido ao grande período de tempo que estive acamado perdi muito peso, o meu corpo ficara mais débil as dores eram imensas, e tendo de enfrentar uma cadeira de rodas não era fácil. Com a força de vontade e espirito de sacrifício que tenho, e sempre com o apoio dos que me eram próximos enfrentei esta fase com todas as forças que tinha.
Os primeiros meses de reabilitação foram extremos, tive de reaprender a viver, saber como lidar com a minha condição física, como reagir a obstáculos que a vida me iria proporcionar, e muito importante saber lidar com o meu corpo, e principalmente a mente.
Tendo uma vida sempre ligada à adrenalina do desporto, rapidamente estabeleci um objectivo, o desporto adaptado. Foi então que apenas com 5 meses de lesão 3 de reabilitação, iniciei a modalidade de ciclismo adaptado. Não me intimidei pelo facto de estar naquela situação devido a acidente de bicicleta e quis mostrar a mim mesmo que conseguia ultrapassar as adversidades da vida. A paixão pela modalidade ainda estava bem presente.
No centro de reabilitação iniciava o dia pelas nove horas da manha tendo fisioterapia até perto das quatro horas da tarde, após esta hora dava início ao treino físico executando cerca de 30 quilómetros de ciclismo adaptado.
No mês de junho de 2011 participei nos jogos de Portugal realizados na cidade de Coimbra obtendo um honroso 3º lugar na classificação geral.
Ainda no centro de reabilitação tive a oportunidade de começar a praticar remo na sua vertente indoor, no entanto sempre como segundo plano visto que o ciclismo estava no meu pensamento.
Estando a passar os meses num “abrir e fechar de olhos”, tive de recomeçar também a pensar na minha vida profissional, pois pelo facto de estar com as capacidades físicas diminuídas não queria de forma alguma ficar privado das minhas funções como militar da GNR. É certo que nada seria como antes, no entanto tinha todas as capacidades para laborar em outro tipo de serviço que não nos patrulhamentos, até porque outros militares com total mobilidade desempenhavam essa função.
Enganem-se caros “amigos” se acham que foi tarefa fácil, infelizmente depois de alguns anos a desempenhar as minhas funções como patrulheiro, de receber louvores por esse serviço existiam certas pessoas no seio da Guarda Nacional Republicana que não se mostravam muito recetivos à minha reintegração. Felizmente sempre pude contar com os meus superiores mais diretos para que esse objetivo fosse possível.
Em dezembro de 2011, passados apenas 10 meses após a minha lesão, fui sujeito a uma junta superior de saúde realizada em Lisboa. Em cima da mesa estavam 2 propostas, a 1º de me ser dado uma pensão e deixar de trabalhar, a 2º reiniciar o meu trabalho em serviços administrativos. Não hesitei nem sequer ponderei, sem qualquer dúvida queria regressar “as minhas funções, então no mês de janeiro de 2012 regressei ao meu local de trabalho para assim poder exercer como qualquer outro militar as funções que me foram atribuídas.
Também a nível pessoal muitas coisas mudaram, a vida familiar sofreu alterações após a minha lesão. Nem tudo foram conquistas, a nível emocional fiquei bastante perturbado, tive momentos em que me isolava, ficava no meu mundo e nada mais existia. O meu casamento não fugiu á regra e também passou por dias menos bons, apesar das dificuldades o amor venceu.
Tenho a felicidade de estar rodeado de bons amigos e com o apoio incondicional dos familiares.
Como um velho ditado diz. “Depois da tempestade vem a bonança”. Não fugi à regra e tendo alcançado a estabilidade, tempo de voltar ao desporto.
Nunca deixando de parte o ciclismo, tive a oportunidade no ano de 2014 participar no Open Nacional de Remo Indoor que e realizou na cidade de Viana do Castelo. Não tendo ainda atingido a melhor preparação física desejada, consegui uma boa classificação, obtendo resultados acima de alguns atletas federados.
Com a minha participação a nível individual no Open, surgiu o convite por parte do Clube Náutico Viana Remadores do Lima (Viana do Castelo), caso assim o desejasse experimentar a vertente do remo em água.
Decorridas poucas semanas após o Open de remo indoor, desloquei-me ao clube náutico em Viana do Castelo e assim tive a oportunidade de remar nas águas do rio Lima. Como se diz na gíria popular foi amor à primeira vista, senti naquele momento que poderia ser um bom desporto para a minha condição física.
As minhas idas à cidade de Viana e por consequência ao clube náutico começaram a ser mais regulares podendo assim ter a oportunidade de treinar com maior regularidade a modalidade de remo em água.
Com apenas 2 meses de treino participei em duas regatas internacionais realizadas na pista de alto rendimento na cidade de Montemor-o-Velho, onde estavam outros atletas nas mesmas condições físicas que as minhas. Em duas provas realizadas obtive dois 1º lugares, nem queria acreditar em tamanho feito, nunca poderia ter imaginado que em poucos meses de treino alcançava os primeiros lugares de pódio.
Assim surge o remo nas vertentes indoor e água na minha vida.
Os dias foram repartidos em casa trabalho, trabalho casa. Após o horário laboral iniciavam-se os treinos com cerca de duas horas no ergómetro (remo indoor), por vezes em dias de maior período de sol realizava-se alguns quilómetros de ciclismo, sendo que os fins-de-semana eram passados em provas de ciclismo e remo conjugado com alguns fins-de-semana em Viana do Castelo para treinos de remo em água.
Em 2014 participei no campeonato nacional de remo em velocidade, tendo sido Vice-campeão nacional. Classificação extremamente grandiosa, visto ter iniciado a modalidade de remo há poucos meses.
Não tendo abdicado do ciclismo, também no ano de 2014 fui Vice-campeão nacional de ciclismo em pista.
Tendo objectivos a conquistar na época desportiva de 2015, os treinos foram mais intensos, com mais dedicação. Todo o tempo livre que me restava depois do horário laboral era canalizado para treinos e mais treinos.
Em abril de 2015 participei no campeonato nacional de remo indoor, tendo-me consagrado campeão nacional. O ponto mais alto que um praticante de desporto deseja.
Na época desportiva, para além de medalha de ouro no campeonato nacional de remo indoor, alcancei mais 4 pódios de remo em água, um de 1º lugar, dois de 2º classificado e um 3º lugar.
Como nem tudo é um mar de rosas, e por muito que se controle as finanças, tem que se fazer retenção de custos. As modalidades desportivas de que falei até ao momento têm custo, ao contrário de algumas modalidades que são conciliadas entre amor à camisola e dinheiro, na minha situação não é bem assim. Todas as despesas são suportadas pela minha pessoa, muitas deslocações entre Amarante e Viana do Castelo para treinos, viagens de Amarante até Gondomar, Montemor-o-Velho, Coimbra e Aveiro para realização de provas, tudo com o esforço da minha “carteira”. Para o desporto adaptado é difícil existirem donativos ou patrocínios, não pensem que não tentei obter apoios, sim batalhei muitas vezes, mas todos em vão. Ainda não acreditam nas potencialidades das pessoas com deficiência.
Apesar dos dissabores da vida, continuo a lutar para manter o corpo em função da mente e vice-versa…
Sempre, sempre empenhado no trabalho do dia-a-dia, conseguindo conciliar o desporto de uma forma adaptada mas eficaz.
Publicado in Bird Magazine