JÁ tínhamos ouvido falar de remédios e comprimidos literários, mas nunca de inspirina: um comprimido (aspirina) de inspiração. Foi com enorme surpresa que descobrimos este conceito bem no centro de Vila do Conde. Naquele momento a porta estava fechada, então nós entramos pela janela da net. Ainda não conhecemos pessoalmente João Trigo, mas daquilo que nos conta, dá para perceber que inspira criatividade. Parabéns pela ideia e muita saúde para a marca.
Por Paulo Moreira Lopes
Quem é o Autor do nome da empresa Inspirina?
O autor é João Trigo. E como não gosto de falar na terceira pessoa, sou eu mesmo deste lado do teclado. Eu sou natural de Vila do Conde, tenho 34 anos. No secundário fiz o curso geral de Artes, fui para o Instituto Politécnico de Viana do Castelo tirar o curso de Design de Produto. Desde cedo me habituei a trabalhar para obter aquilo que queria, e nos tempos de estudo, combinava a escola e faculdade com trabalho na restauração à noite principalmente. Depois de terminado o curso, e como a oferta era pouca, segui a minha carreira profissional na área comercial, desde venda porta a porta de enciclopédias, passando pelas comunicações empresariais até ao Vinho. Por fim, e porque sempre tive este espírito empreendedor e as coisas à minha maneira, tive um pequeno café em Vila do Conde. Depois desta fase em que me sentia pouco realizado profissionalmente, decidi lançar-me numa área que sempre foi a minha paixão: Criar Negócios. Como tinha formação em Design, fui obter mais formação, nomeadamente Gestão e Criação de Marcas (Cursos Técnicos) para obter as bases para criar algo sustentável. Assim surgiu o que se viria a chamar a Inspirina.
Como surgiu o nome da empresa?
Como estou na área criativa, as ideias surgem quando não estás a pensar em nada, mas andas com uma ideia na cabeça muito tempo. Eu tinha o modelo de negócio definido, sabia bem o que pretendia criar mas ainda faltava o nome para combinar. Mas lembro-me perfeitamente do momento em que o nome surgiu. Estava a passear pelo centro de Vila do Conde, e em conversa falava do projeto que estava a iniciar. Ao ver uma série de lojas e montras, reparei que existia muita carência criativa na elaboração de marcas, e em tom de brincadeira disse que queria criar a cura para o mau gosto no branding. Daí o raciocínio foi evoluindo, “quase como uma aspirina para as marcas” uma vez este ser o comprimido mais conhecido, “um comprimido de Inspiração” e pufff: Uma Inspirina. Foi este o processo criativo para encontrar o nome para o meu projeto.
Qual a reação, passada e presente, dos clientes ao nome da empresa?
A reação tem sido sempre positiva.
Inicialmente havia um pouco de curiosidade e dúvida em relação ao nome. Os bons nomes são curtos, pois são de fácil memorização. Quando utilizamos um naming mais complexo na nossa marca, temos de construir uma marca forte com um bom fio condutor. E foi isso que fizemos. Pegamos no tema “Saúde para a sua marca” e fomos sempre melhorando. A nossa estratégia de crescimento inicial, baseou-se em conquistar o mercado local, e aos poucos ir aumentando o nosso raio de ação. Hoje em dia, a marca é já um nome algo consistente nesse público inicial, e os novos clientes olham para a marca e o nome de uma forma curiosa e valorizam a inteligência na sua elaboração. Temos vindo a construir uma estratégia de comunicação consistente e coerente, o que ajuda bastante na assimilação da marca.
Consideram que a originalidade do nome da empresa permite uma divulgação mais eficaz dos vossos serviços e, em consequência, uma mais-valia capaz de suplantar deficiências na promoção da empresa?
Esta é daquelas questões que dá panos para manga.
Antes de mais é preciso definir o que torna um nome original. Será pela fonética? Pela conjugação de ideias? Pela memorização? Pelo impacto ou sentimento que provoca a quem o lê? Existem inúmeras razões, e como sempre, os gostos serão sempre relativos. Nós acreditamos que temos um nome original, não porque é diferente, mas porque toda a marca comunica na mesma linha. Do outro lado poderá sempre existir quem o ache simples, complicado, banal ou desinteressante. A marca não é apenas o seu nome, nem apenas o seu logotipo, ou outro qualquer elemento de promoção ou divulgação. Uma marca é um todo. A originalidade é um processo muito complexo e muito difícil de atingir. Ao ler a segunda resposta do vosso questionário, parece que o nome surgiu num passeio pela cidade, mas foi um processo que se arrastava há uns meses. Antes de termos nome, já tínhamos o modelo de negócio definido, já tínhamos a estratégia de ativação delineada e uma ideia bastante forte de como iríamos comunicar. O nome foi um extra que surgiu porque o processo já estava em andamento.
Uma marca não comunica apenas pelo nome que tem, mas antes por tudo que é composta. O nosso nome é diferente, e o risco de sermos associados a outro segmento de mercado, obriga-nos a uma comunicação bastante mais complexa e elaborada. Se a nossa marca fosse “Marcas Criativas” o público iria perceber melhor aquilo que fazemos, mas como se chama Inspirina, temos de ser criativos na comunicação. Foi também esta razão que nos levou a mudar recentemente a nossa identidade gráfica, com o objetivo de comunicarmos de uma forma mais eficaz e mais ligada ao nosso modelo de negócio.
Este processo de constante avaliação, retificação, teste e nova avaliação é o que torna as marcas mais fortes no mercado em que estão inseridos. Ter um bom nome só ajuda se a comunicação for coerente.
Endereço web/blogosfera para os podermos seguir?
Como referimos, estamos em mudança de identidade, e com isso estamos a atualizar o nosso conteúdo online. Mas poderá nos encontrar na web através do site www.inspirina.pt, no Facebook www.facebook.com/inspirina.pt/, Instagram com o username @inspirina.pt, e ainda no Behance onde poderão ver o nosso portfólio mais atualizado em www.behance.net/inspirinabrandlab.
Está disponível em embalagens de ideias. Alivia sintomas de má comunicação nas mais variadas plataformas e provoca um efeito estimulante pró-carismático.
Inspirina está inserida no grupo dos Anti-Pirosos, eficazes no tratamento sintomático de problemas relacionados com Design, Marketing, Estratégia e Publicidade.
Cada tratamento Inspirina contém uma dose individualizada de substância ativa, adaptada às necessidades específicas da sua marca. Para garantir um efeito terapêutico, utilizar de acordo com a prescrição do especialista de marca.
Não tome Inspirina se tem hipersensibilidade a mudanças, síndrome irrecuperável de mau gosto ou dificuldade na perceção de conceitos inovadores e originais.
Obrigado pela oportunidade e votos de sucesso também para este projeto. É sempre interessante ver diferentes perspectivas de algo que muitas vezes nos passa de forma despercebida. Excelente iniciativa, e mais uma vez, obrigado por se sentir inspirinado 😉