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Ivone Silva, 50 anos

Ivone Silva, 50 anos

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IVONE Silva ganhou no passado mês de abril o Prémio NEDAI (Núcleo de Estudos de Doenças Auto-Imunes), pelo trabalho desenvolvido e defendido aquando da defesa da sua tese de Doutoramento em Ciências Médicas, realizada em 2015, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da U.Porto (ICBAS).

Intitulada “Identification of predictive risk factors for peripheral microvascular complications in patients with Raynaud’s phenomenon”, a tese teve por base a identificação de fatores predicativos no aparecimento de úlceras digitais em doentes com Fenómeno de Raynaud associado à esclerose sistémica, permitindo assim iniciar precocemente uma terapêutica preventiva nesta população alvo.

Um trabalho que valeu a Ivone Silva o reconhecimento do NEDAI no seu último congresso nacional, realizado em Elvas, com a atribuição do principal prémio do Núcleo, no valor de 10 mil euros.

Médica e assistente hospitalar graduada do serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar do Porto (Hospital de Santo António), Ivone Silva é licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (1989), tendo-se especializado em Angiologia e Cirurgia Vascular no Centro Hospitalar do Porto em 1998. Em 1991 foi aprovada no Curso de Climatologia e Hidrologia também da FMUP. Fez ainda uma Pós-graduação em Gestão de Unidades de Saúde na Universidade Católica Portuguesa em 2003.

Para esta médica de 50 anos de idade e natural da África do Sul, a atribuição deste prémio foi marcante por significar “o reconhecimento público por parte de personalidades com elevado mérito científico e clínico do projeto de investigação que serviu de base ao meu doutoramento”.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Do seu reconhecimento internacional, tanto ao nível do ensino, como da investigação.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

A burocracia.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Seria importante leccionar parte dos cursos em Inglês, atraindo mais alunos estrangeiros. E também incentivar o trabalho em grupo e valorizar a criação de equipas multidisciplinares nas áreas de investigação.

– Como prefere passar os tempos livres?

Sempre com o meu filho. Adoro os passeios de bicicleta e a pé em família. Gosto muito de estar com os amigos, família ou simplesmente sentar no sofá a ler ou a ver um bom filme.

– Um livro preferido?

Cisnes Selvagens de Jung Chang e Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez.

– Um disco/músico preferido?

Gosto de imensos grupos, mas os que mais me marcaram até hoje foram os U2 e os Police. Quando quero mais tranquilidade Barry White, Rod Stewart, Elton John, Diana Krall, Bruno Mars.

– Um prato preferido?

Os assados da minha mãe.

– Um filme preferido?

Amigos Improváveis” de Olivier Nakache e Éric Toledano e “O Pianista” de Roman Polanski.

– Uma viagem de sonho?

Tenho duas: uma seria viajar pelo continente sul-americano, outra ao Oriente.

– Um objetivo de vida?

Estar sempre de bem com a minha consciência e Ser Feliz, obviamente. Construir uma família sólida e ser sempre jovem a nível intelectual. Ser uma boa mãe, dar ao meu filho as ferramentas para que possa construir uma vida feliz e digna.

– Uma inspiração?

Os meus pais e o meu filho. Tento recordar-me sempre que “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.

– O projeto da sua vida?

O meu filho.

– Uma ideia para promover uma maior ligação entre a Universidade e a comunidade?

Conhecer as necessidades da comunidade e incentivar o voluntariado.

Por Mariana Pizarro publicado in http://noticias.up.pt/

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